A SECRETÁRIA NAMORADA

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   Acordei em meu apartamento, onde levo as mulheres para transar, pois minha casa é o meu santuário, meu refúgio o meu lar.

   Olho para o lado e  vejo uma morena linda de cabelos curtos dormindo. Me sento enquanto as lembranças da noite vem em minha mente.

   Encontrei o Victor em um bar na orla da cidade, acho que bebi demais. Falei para ele do meu problema em encontrar uma namorada, depois de muito rir da minha cara tentou me mostrar várias opções para eu namorar. Expliquei que não pode ser qualquer uma, algumas era fúteis, uma já tinha sido casada faria qualquer coisa para se vingar do ex marido.

   Outra parecia romântica demais no fim ele disse que eu teria que casar com a deusa Luciana palavra dele, penso que ele tem uma queda por ela mas não fala. Prefiro procurar mais um pouco do que casar com a Luciana.

   E ainda tem um fato importante:  uma namorada que  consiga convencer meus pais que estou apaixonado e feliz.

   Depois de alguns chopes me agarro com a morena e ela que está na minha cama.


   Após um banho acordo Isadora, descubro que esse é o seu nome, mesmo ela se oferecendo para mim nego e digo que já é hora de irmos. Pergunto se ela quer carona, mas ela prefere pegar um carro por aplicativo.

   — Me liga gato!  – ela fala ao se despedir só que não vai rolar. Vou para casa tentar dormir mais um pouco e depois ler alguns contratos da empresa.

   A noite meu amigo Victor me liga, deixo a arrumação da mala de viagem de lado para conversar com ele.

   — E aí cara como foi com a morena?

   Ele fala cara só para me irritar.

  — Oi pra você também e estou bem, é sério você me ligou só para saber isso?


   — O que foi mano, que bicho te mordeu, já vi que a noite não foi boa.

   — Desculpa amigo, e sim a noite foi boa. Dei o meu melhor como sempre, mas são outras coisas que estão me deixando chateado.

   — Marcos, encontrar uma namorada,nos seus termos é  missão impossível  para quem não quer se apaixonar. Só se você  achar uma mulher igual a sua secretária. A Dilen não te olha com desejo, acho até que ela não te ver como homem . – Ele ri.

   — Babaca! Não que eu não pareça homem para ela, acho que ela tem algum problema ou nunca deve ter tido um homem em sua vida, mas se continuar assim para mim não tem problema

   — Por isso ela tem o meu respeito, senhor Gouveia.

E gargalha ao imitar como minha secretária me chama.

   — Mas eu já vi ela te olhando e rindo para você.

   — Está com ciúmes da sua secretária! - ele debocha.

   — Pode parar de rir da minha desgraça por favor.  – Victor continua rindo.

   — Cara, tu tá ferrado, dessa vez não tem para onde fugir só fazendo um contrato de namoro para você apresentar a tua família e se livrar dessa chateação.

   — Como assim me explica!

    — Um contrato com início e fim de namoro muito prático para os dois lados.

   — Vou pensar nisso, é inevitável viajar amanhã para resolver algumas coisas da empresa volto em três dias, valeu cara.

   — Tchau irmão e boa viagem.


   Essa é uma boa ideia, mas com quem eu posso fazer um contrato e ainda ser igual a Dilen. Penso enquanto arrumo minha mala. Na volta da viagem resolvo isso só tenho mais uma semana, para que não se faça necessário viajar para o Rio de Janeiro.

   De volta a viagem vou direto para empresa, pois marquei com o meu pai para o encontrar lá no escritório. E ao chegar encontro‐o conversando com a Dilen. Cumprimento-os e abraço meu pai.

   — Oi filho, como foi a viagem, fez bons negócios?

   Antes de responder, olho para a Dilen e vejo que não está mais sorrindo. Será que é só comigo que ela é séria. Penso e peço para que ela entre na minha sala após a saída do meu pai.

   — Licença, senhor . Gostaria de ver sua agenda agora?

   — Sim, pode se sentar. Como foi esses dias aqui na empresa?  – vejo‐a erguer uma sobrancelha.


"Deve ser a primeira vez que falo assim com ela." Mas logo volta a sua postura de secretária perfeita, com a voz polida e educada.

   — Na verdade foi um pouco corrido por causa da abertura da nova filial no Rio de Janeiro, mas deu tudo certo com os envios dos documentos. Só preciso confirmar alguns compromissos com senhor.

    Enquanto ela fala a observo e realmente me parece uma mulher comum. Uma altura boa para mim, cabelos sempre presos, me parece que são grandes, veste‐se com roupas formais exigência da empresa, usa óculos.

   — Muito bom, vamos agilizar para não saímos tarde daqui e o seu namorado não reclamar. – Tento não transparecer que é curiosidade, enquanto finjo ler algo no computador.

   — Sem problemas não tenho namorado, mas preciso sair no horário hoje terei prova no meu curso.  – Ela responde como sempre sem expressar emoção.

— Perfeito!

   O destino está ao meu favor, descobri o primeiro erro dela: ela enviou um contrato com para uma incorporadora parceira da Construção Gouveia, um erro de digitação que poderia ser perdoado e corrigido mesmo que tenha gerando uma dívida, já sei como ela vai me pagar. Vou aperfeiçoar minha ideia amanhã vou começar colocar meu plano em ação, não vai ter como ela me dizer não quando eu exigir o pagamento.

"Ela é mais do que perfeita! Com a vantagem dos meus pais que já gostam dela"

Tudo saiu como planejei, ainda pensei em desistir ao vê-la chorar, quando cobrei o dinheiro, nada que um final de semana não cure. Na segunda-feira chego no escritório mais cedo do que ela. Da minha sala escuto quando ela dá início a mais um dia de trabalho, espero um tempo e ligo.

   — Venha a minha sala!

   — Venha a minha sala!

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O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora