MINHA MULHER

13K 803 26
                                    


- O que está fazendo aí a essa hora, mulher? De novo atacando o pote de sorvete!

Chegamos não faz nem duas horas. Foi divertido e tão romântico nosso primeiro encontro, rimos muito durante o jogo de perguntas e respostas de modo que nos levou a conhecer mais um do outro.

Desembaraçada falou de seu pai, já que mencioná‐lo não a faz mais sofrer. O mesmo era sócio de alguns negócios: postos de combustíveis, possuía salas comerciais. Foi o que pagou seu tratamento com ajuda de seus avós que já faleceram.

Procurei ser bem descontraído para que ela não se lembrasse do namorado que a machucou e retrair‐se, contudo foi necessário falar dele, implicitamente, quando disse que conheceu seu primeiro namorado no escritório de contabilidade. Ela explicou do porquê não ser mais contabilista: havia brigado com alguém e tinha perdido o encanto pela profissão.

- Quer um pouco? - pergunta parecendo desinteressada.

Ela está debruçada no balcão, nem percebe que está me tirando o juízo, desde que saímos do bar, tive que ser frio para não avançar e arrancar seu vestido. E agora encontro‐a na cozinha com uma camisola longa que deixa todas as suas curvas em evidência. O melhor seria dar meia volta e retornar para a cama, mas parece que quer me testar ao jogar os cabelos para trás e deixar todo seu ombro a mostra.

- Qual é o sabor? - Não me responde vai até a gaveta, pega uma colher para mim.

- Vem está calor, quer calda?

Fico em pé ao seu lado tento não olhar para seu corpo.

- Não precisa assim está bom. Você disse que não queria sobremesa no restaurante sentiu falta de doce.

- Não, só queria algo gelado. - Fica ereta e vejo o bico dos seus seios durinhos. Jogo a colher na pia e me afasto dela.

- Para mim já está bom. Ainda vai demorar aí?

- Não. Guarda para mim o pote de sorvete. - Vai até a pia lavar a taça, seca as mãos e segue em direção ao quarto.

Como ela ligou todas as lâmpadas, eu volto desligando‐as. Evito olhar para ela enquanto espera‐me na escada não quero correr o risco de colocá‐la em meus braços.

- Marcos, você está bem? Está estranho. Fiz algo errado? - Por um segundo apenas fixo meu olhar em seu olhos, não resisto, avanço nela seguro seu rosto com as duas mãos.

- Por que não vestiu o roupão como faz todas as noites? - Reluto, tocar em seu corpo.

- Porque estava com calor. Está sentindo dor, quer um remédio, você quase nunca veste blusa para dormir? - Afasto‐me quando ela tenta me tocar.

- Estou bem, vamos subir! - Entramos no quarto em silêncio, ela vai até a cama e pega o roupão. - O que está fazendo, Dil?

- Vestindo meu roupão! - Anda em direção à porta.

- E vai para onde? - Seguro seu braço.

- Marcos, fala o que te deixou chateado, reclamou porque eu estava tomando sorvete, por está sem o roupão, se visto acha ruim. Fica aí e volte a dormir, irei ver um pouco de TV, perdi o sono.

- Eu não estou chateado, só estou... Você fica aqui, eu vou descer! -Solto seu braço. Ela encosta na porta.

- Você precisa se decidir, está me tratando diferente desde que chegamos em casa, eu quero ver TV, não quero ficar com você aqui desse jeito. - Pressiono sua costa na porta.

- Por que está com medo que eu te ataque? - Beijo seu pescoço, passo a mão por seu corpo parando em seu quadril e aperto contra o meu.

Ela passa o nariz em meu pescoço e desliza a mão por meu braço e entra com ela pelas as mangas da minha blusa. Invado seus cabelos com os meus dedos erguendo sua cabeça e mordo seu queixo de leve, procurando sua boca que já está preparada para receber a minha. No movimento de seus lábios sinto o gosto do sorvete, porém afasto‐me rápido dela com nossas respirações alteradas.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora