TOMANDO POSSE

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Estou saindo do banheiro quando sinto o meu braço sendo puxado, quando faço um movimento para me defender escuto a voz do Marcos.

— Por que demorou? –ele pergunta com raiva. — Faz um tempo que te espero aqui fora.

— Desculpa, não sabia que estava me esperando! Tinha uma  fila lá dentro. – falo baixo, tem pessoas passando e olhando.

— Vamos sair daqui. – Segura minha mão e me arrasta pelo salão.

—Já vamos embora? – pergunto esperançosa

— Não. – responde seco.

Tento novamente ficar focada do porque estar na festa, fazer a melhor cara, fingir que estou feliz e sou uma mulher apaixonada.

Seguro a saia rodada do vestido para não tropeçar. Melhor não reclamar para ele não ser grosso comigo.

—Boa noite, Henrique não sabia que você vinha a recepção do casal Medeiros!

— Boa noite, Marcos, decidi  de última hora, a Luciana me convenceu. Como está,  Dilen? Você está  linda!

— Estou bem, Henrique e obrigada.

—Preparados para casarem, seu pai está eufórico para isso acontecer?

Ele solta minha mão e enlaça nossos braços.

—Sim, ansiosos para o nosso dia. –ele responde.

—Licença, Marcos vou conversar com um casal de amigos.

— Você achou ele diferente?

— Parecia um pouco nervoso. – falo olhando para os lados.

— Quem está procurando ou encontrou alguém interessante?

—Os seus amigos onde estão?

Ele me leva para um lugar mais reservado. Onde o movimento de pessoas é menor.

— Sabia que os meus amigos estão achando que não somos um casal de verdade?

— Não conversei com eles sobre isso. Você quer que eu fale  ou faça algo para  parecer verdade? –.pergunto de frente pra ele.

— Quero que você faça. –ele segura minhas mãos e põe em volta do seu pescoço.

Me abraça pela cintura, cheira meu pescoço e sobe para a minha orelha.

—O que todos sabem é que namoramos e estamos noivos, não era isso que você queria.

Tento me afastar dos seus braços mas ele me aperta, passando a ponta do dedo pelo meu rosto.

—Os casais fazem coisas de verdade,  Dil.

Beija minha bochecha, se dirige a minha boca lentamente, acariciando meu rosto com seu nariz, um beijo leve sem pressa.

—Apenas essa aliança não é o bastante para  manter os homens longe de você.

Pega a minha direita retirando do seu pescoço e a beija.

— Marcos não precisa...

— Psiu! Pequena. Eles têm que saber que você é minha.

Segura meu queixo me fazendo olhar em seus olhos o encaro por alguns segundos, ele une nossos lábios sem desviar seus olhos dos meus. Suga meu lábio superior.

Quando penso em me afastar, sua mão que está na minha costas me empurra para mais perto dele.

— Eu tinha prometido para mim mesmo que hoje ficaria longe, mas eles precisam sentir meu cheiro em você.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora