O VOO DA BORBOLETA

12.5K 846 34
                                    

Foi uma boa opção fazer a cerimônia com poucos convidados, poucos deles eu não conheço.

—Dil, come alguma coisa, assim você não aguenta ficar em pé. –Mary está insistindo.

—  Mary, eu comi não estou com fome, estou bem. Não se preocupa irmã.

Estou em pé observando os convidados, Marcos está em uma roda com o Tony e os amigos rindo de alguma coisa.

—Você não bebe, Dilen, ainda  não te vi com um copo na mão.

—Não Eduardo, eu não tenho o costume de beber, eu não quero ficar bêbada no meu casamento.

Não sei porque não gostei desse cara, ele me olha de um jeito que não gosto.

— Oi quem é você, a Dil não bebe. –A Mary vê  ele se aproximando de mim.

— Eu sou primo do Marcos, Eduardo, eu estou feliz que ele casou e agora parece um homem realmente apaixonado.

— Você não frequenta a casa do Marcos? Nunca te vi lá. – Eu pergunto.

— Cheguei faz pouco tempo, mas agora passarei a frequentar a casa da tia Valéria.

— O que você quer com a minha cunhada Eduardo? - Victor chega afastando-o de mim.

— Calma só estava dando os parabéns a sua cunhada. Fala para ele Dilen,  que lindo nome o seu, gostei.

— Vamos meninas para perto do Marcos. –Victor me leva para longe desse primo estranho.

—Marcos, será que dá para ficar colado na sua esposa, o Eduardo a estava perturbando.

— O que ele queria com você, o que ele falou?

— Nada só me deu os parabéns pelo casamento.

— Amiga fala para Naty que eu te ensinei alguns golpes de defesa pessoal, ela não está acreditando.

— Cunhada, você não vai bater no meu irmão vai? – Naty pergunta assustada.

— Se ele mexer comigo, posso me defender. –dou um soco na mão da Cláudia, que ri da minha força.

— Nós precisamos treinar quando você voltar da lua de mel,  se quiser Naty pode se juntar a nós.

— Eu quero, me ensina algum golpe para  imobizar o Thiago na cama?  –Rimos do seu pedido.

Estou dançando com o Ruan em certo momento da festa. Quando vejo a Fernanda e a Cláudia segurar minhas mãos e começar a dançar.

Vou para o lado do Marcos e seguro sua mão, ele me olha sem entender. A iluminação do salão é mudada e o Tony se aproxima.

— Vamos Pequena borboleta. Você precisa voar!

—Tony eu não vou fazer isso. Você enlouqueceu? Vocês sabiam disso?  – Aponto para  Cláudia e a Fernanda.

— Você hoje me fez um pedido, e isso me faria muito feliz e além do mais seu marido precisa te ver voar.

— Tony, não faz a isso comigo irmão, eu não vou conseguir. – Me escondo atrás do Marcos.

—Tia Dil, eu quero ver, a mamãe disse que você fica linda dançan... voandu.
Acertei tio?

O Tony faz sinal de positivo para o Ruan.

— Você usou até nosso bebé,  que vergonha! –Uma música começa a tocar.

— Vai filha, aproveita, eu sei que você faz escondida. – Olho para minha mãe me olhando com tanta confiança.

— Dil, o que você vai fazer? É perigoso?  – Marcos pergunta e o Tony e as meninas dão gargalhadas.

— Sim, mas para você, cunhado, se prepare! Vamos Pequena!

O Tony me leva, eu já ouço uma música tocar, olho para o Tony reconhecendo o ritmo.

Um forró estilizado está tocando, resolvi me entregar ao ritmo, a dança que meu corpo está pedindo, a minha mente está relembrando cada passo, ouço os aplausos quando o Tony me faz rodopiar em um passo.

Não consigo mais parar, a música muda, dirty dancing começa a tocar e eu já sei os passos que terei que fazer junto com meu irmão.

Não olho para as  pessoas, só me concentro na música, no meu riso incontrolável nos braços do tony. A Fernanda, Cláudia e a Naty entram na pista e um mix de música começa a tocar.

Théo e o Lucas colocam o Marcos sentado em uma cadeira na nossa frente.

—Eu tenho que dançar para ele? - grito pro Tony?

O Marcos está surpreso me vendo rebolar, resolvo provocar meu chefe, me aproximo dele olhando em seus olhos, me apoio em sua perna e danço para ele que está sério me olhando. O ritmo muda.

As meninas e o Tony chamam todos para  dançar, eu pego o Marcos e levo para o meio do salão o envolvendo na música. Ele segura minha cintura, seguimos o ritmo, colamos nosso corpo.

Nos abraçamos rindo e não sei como nossas bocas já estão juntas, talvez embriagado pela dança, pelo clímax do momento eu me entrego ao beijo e deixo ele explorar minha boca.

Lento é assim que nosso beijo se inicia, me atrevo e passo os dedos por seus cabelos, sinto a sua mão passear em minha costas nua pelo decote do vestido.

Sinto um aperto, suas mãos me puxando para mais perto, meu coração dispara quando sinto urgência em sua boca na minha, me assusto e o afasto de mim, mas ele não deixa e beija meu pescoço me fazendo sentir sua respiração alterada.

Me solto dos seus braços e fujo para o lado do Beto que está empolgado com o Samuel e a Joana em uma dança.

Vejo a Mary dançando. Quanto tempo não vejo minha irmã assim livre, sorrindo que corro para seus braços.

— O que foi Dil?  –pergunta rindo e com sua respiração acelerada pela dança.

— Não sei, só senti vontade de te abraçar. Só deixa eu te abraçar!  –Ela me aperta em seus braços.

— Minha caçula casou e agora irá viver longe, mas sempre estará perto porque o amor de irmãos é assim.

— Você é importante para mim tanto quanto o Tony, desculpa se nunca falo.

— Eu sei da sua ligação com nosso irmão e àquele nos trata como um pai, então é natural não perturbe seu coração com isso.

— Só porque te amo viu? –falo sem conter as lágrimas.

— Viu. Também te amo! E sei o quanto você ama meus pequenos como se fosse seus e isso enche meu coração ainda mais de amor por você.

— Obrigado por sempre está ao meu lado, cuidando, protegendo. Que saudades do seu abraço.

— Por que vocês duas estão chorando? Hoje é festa e não choro. E você mocinha vá se despedir do seus amigos se esqueceu que tem uma lua de mel para terminar aquele beijo?

O Tony nos separa e rindo o agarramos em um abraço de urso.

O Tony nos separa e rindo o agarramos em um abraço de urso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora