ENCANTADO

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— Dil, vamos para casa, acho que por hoje já consegui fazer alguns contatos.

— Você acha que esse edital do projeto do Centro de Conversões sairá logo? –  Ela pergunta interessada.

— Acredito que sim, pelo que ouvi aqui, nossa empresa tem grandes chances, vamos aguardar!

Estamos em uma festa com muitos empresários, políticos, nesses encontros sempre obtenho possíveis negócios e hoje não foi diferente.

— Estou aliviada que terminou a conversa com aquele  senhor, a esposa dele
já estava me deixando nervosa.  – Erguo a sobrancelha questionando, estamos abraçados. Mesmo sendo simpática e gentil.

— Aquele senhor é o maior concorrente da nossa empresa, estava só mantendo o inimigo por perto e o que tem a mulher dele?

— Ela só falava que não podia comer isso ou aquilo, doce engorda, Marcos você já viu quantos doces naquela mesa? Fiquei até constrangida de pegar um.  — Rimos ao olhar para a mesa de doces.

— Se o Victor estivesse aqui com você aquela mesa já estaria vazia. Converso que estou com fome, vamos para casa podemos pedir algo para  comer.

— Esta hora acho um pouco difícil. Em casa vemos isso.  – Antes de sair pego seu rosto e beijo seus lábios.

— Eu já te disse que você está linda nesse vestido, ainda não tinha te visto de preto e o que é essa fenda.  – Beijo sua boca, roçando a língua no seu lábio.

Ela esta noite foi mais ousada, escolheu um vestido com uma pequena fenda na perna direita, sua tatuagem é na perna esquerda, ainda não me mostrou nem me falou. Faltam dois dias para quatro meses de casados.

— Foi a Débora que me indicou, ela é design de moda e já trabalhou na área.

— Licença! Podemos te fazer uma pergunta? – Um casal de senhores se aproximam da Dil, ela acena com a cabeça.  — Você não é a filha da Sara que morava no Jardins Castro?

— Sim, eu sou a Dilen! – responde após uns segundos observando-os.

— Eu falei que era você para o meu marido, mas ele não acreditou. E sua mãe como está?

— Ela está bem! – Dil responde seca.

— Não está lembrando de nós, seu escritório de contabilidade fazia as finanças para a minha empresa. Somos os avós da Jeny. –O senhor fala.

— Desculpa é que há muito tempo não trabalho mais nessa área...

— Nós ficamos sabendo o que aconteceu com você... – Dil a interrompe.

— Os senhores podem nos dar licença, eu preciso ir ao banheiro. Tenham uma boa noite! Vamos Marcos.

Ela me puxa pela mão nos afastando do casal, e me leva para a saída em direção ao estacionamento.

Dirijo por um tempo em silêncio, ela mais uma vez disfarçando suas emoções, deposito um beijo em sua mão.

— Eu estou bem, é que eles me fizeram lembrar de coisas tristes só isso.

— Eles eram seus vizinhos ou apenas clientes?

Ela me olha sabendo que minha pergunta tem outra direção, suspira e olha para frente

— As duas coisas, como eles mesmo falaram. Eu trabalhei em um escritório de contabilidade era boa no que fazia, porém  por divergências decidi sair abandonando a profissão.

—E a jeny era sua amiga? –Ela morde os lábios e demora a responder.

— Eu pensava que era, mas enganos acontecem. Eu não sei se é a idade, meu conceito de amizade mudou muito, eu gosto mais das que eu tenho hoje.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora