MERGULHO DA REVELAÇÃO

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— Onde ela foi, por que ainda não está  em casa?

Ligo todas as lâmpadas para quando ela chegar ver a casa iluminada. Ainda não sei o porquê dela deixar as luzes acesas. Victor acha que ela tem medo do escuro.

Desde a noite em que dormimos juntos no Resorts que não a deixo passar a noite sozinha. Espero ela se deitar, fico no escritório até tarde, para que se sinta à vontade nem constrangida com  minha presença no quarto.

Tem noite que ao me deitar já a puxo para  meus braços ou ela faz isso de madrugada, ou dormimos de conchinha,  estamos a uma semana nessa nova adaptação de convivência e eu confesso que estou gostando muito de dormir com ela em meus braços.

Fugi dela por mais de um mês depois que voltamos da lua de mel, quis lhe dar espaço,  mas ela ficou mais distante, na empresa mal falávamos.

Depois de tomar banho vou para o escritório ver um projeto.

Foi aqui que passei a maior parte das noites ou dormi na sala de TV, só tinha dormido com ela duas noites.  No meu apartamento por duas vezes com uma mulher, mas não as deixei passar a noite, as palavras ditas no altar não me saía da cabeça.

Mas tem ficado cansativo chegar de madrugada em casa, correndo o risco da Joana descobrir e o Victor me  aconselhou que esse pode ser um caminho para me aproximar da minha Pequena se ela estiver com medo eu posso ser o apoio para ela.

— Onde você estava, Dil? –falo quando vejo subindo as escadas, ela se senta no degrau assustada.

— Por que estava...escondido... você me assustou...

— Desculpa, Pequena, abra os olhos veja sou eu, viu? Se acalme. Isso respira devagar!

Essa é a primeira vez que chego primeiro que ela em casa. O Victor tem razão, ela tem medo do escuro, da casa, de alguém, preciso saber o que causa esse pânico nela.

— Estou melhor, passou o susto. Por que chegou tão cedo?

— Vim terminar em casa alguns ajustes em um projeto e você porque está chegando agora? E essas roupas de academia?

— Comecei hoje, a Samantha e a Débora me convenceu a entrar. Faz muito tempo que não faço atividade nenhuma.

—Pensei que fizesse com a Cláudia?

— Há muito tempo não faço com ela e depois que aprendi a me defender as aulas ficaram raras.

— Vá tomar banho que vou esquentar algo para comer. –ela  abre um sorriso que sinto vontade de lhe beijar.

—Sim senhor, volto logo!

Fico olhando ela subir as escadas com pressa, as lâmpadas do piso superior também estão ligadas.

"Vou colocar sensor de presença para as lâmpadas, acho que vai ajudar."

Eu  falava  no celular com um engenheiro da empresa enquanto ela lavava os pratos eu a observei disfarçadamente, ela olhava pra fora e as vezes me procurava na cozinha.

— Marcos, posso entrar e pegar um livro?  – Estou de volta ao escritório.

— Claro, você não precisa pedir.

Vejo ela procurar um livro,  já com roupa para  dormir,  com um robe longo, o que tem por baixo dele, calcinha sei que não está, não vejo marca de uma no seu corpo.

"Marcos olha para o projeto que é melhor. E por que ela tinha que soltar os cabelos?"

— Vou levar esses dois. – Ela  me mostra um de ficção e um romance.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora