A NAMORADA

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   Veja ela entrar na minha sala. Aponto a cadeira pra que se sente, fico acompanhando seus movimentos e percebo que está tremendo. Também estou tremendo por isso estou sentado para disfarçar.  – O que será que ela está  pensando? Não posso desistir essa é a única saida que encontrei e ela é a pessoa perfeita para mim.

   — Qual a sua solução para devolver meu dinheiro?  – Vou logo atacando, não dando tempo pra ela pensar ou achar uma solução.

   Ela tenta usar alguns argumentos para me fazer desistir de cobrar meu dinheiro.  Levanto já ficando nervoso vendo seus olhos lacrimejando. Sabendo que ela não falou pra ninguém sobre o relatório. Sento a sua frente olhando em seus olhos e falo como quero que ela pague sua dívida.

   — Namora comigo. – Ordeno, nao peço.

  Ela se levanta e a nossa conversa se torna uma guerra  de argumentos. –Fazer dela escrava de sexo, ela me acusa. Neste momento tento falar mais calmo com ela e mostro toda minha arrogância. Nossa relação será a base de um contrato. –Tento explicar. Fingir que estamos apaixonados ela acha um absurdo.

   Me coloco novamente a sua frente e uso meu argumento final. — O contrato ou meu dinheiro. Lhe dou até o dia seguinte para me responder.

   —Tenha um bom dia senhorita.

   Aponto a porta para que saia. Após alguns segundos em silêncio, ela passa por mim de cabeça baixa.

   Passo um bom tempo olhando para a porta fechada.  "Eu sou um cafajeste". Nunca precisei usar as pessoas para qualquer situação, é verdade que uso as mulheres para o meu prazer sexual, mas é uma troca elas também me usam. Dou um murro na mesa, frustrado é assim que me sinto.  Por que eu fui ouvir os conselhos do Victor, o que vou fazer com a vida da Dilen?

   Saio ao meio dia para almoçar com meus pais, ela não está na sua mesa. O meu velho sempre escolhe  o mesmo restaurante, ele adora comidas nordestina.

   Dou um beijo em minha mãe. Me sento e chamo o garçom para fazer meu pedido.

   — Marcos, meu querido quando iremos conhecer sua namorada? – Mamãe vai logo me atacando. — Ela não aceitou seu pedido de namoro? Vocês jovens, ainda fazem isso ou já vão logo tomando posse da mulher?

   — Calma mulher, deixa o Marcos sentar primeiro –meu pai a repreende, mas também me questiona. — Filho se você finalmente está apaixonado por alguém e vai assumir compromisso como fica a Luciana nessa história?

   — Pai, eu nunca quis namorar a Luciana, ela é só uma amiga, filha do nosso sócio. Vou deixar bem claro isso pra ela, estou apaixonado por uma mulher maravilhosa e estou certo que ela também está por mim.

   — Marcos, por que então ela não está com você?

"Se  minha mãe soubesse a verdade."

   — Mãe, ela está com medo, mas hoje já lhe dei um ultimato, quero compromisso sério com ela, não tenho mais idade para ficar de pegação e ela também não é mulher para isso.

   — Filho! –meu pai suspira antes de falar. —Nossa empresa está para se consolidar no ramo da construção Civil  no país, não posso aceitar um rompimento com o Henrique neste momento, você sabe o quanto ele é importante para nós!

    — Marcos, o que seu pai quer falar é que precisamos de você com sua  vida solidada, sem escândalos, cada novo negócio que conseguimos é  importante pra empresa – vejo minha mãe segurar as mãos do meu pai para que fique calmo. — O mais importante é que seja feliz, quem você escolher nós te apoiamos, não esqueça disso!

   — Você nos representa a frente da empresa – papai fala. —, se a Luciana não é a mulher para te acompanhar nessa jornada, eu realmente espero que a sua namorada cumpra esse papel.

  Fico em silêncio eles nunca falaram essas coisa pra mim.

   — Nós queremos te ver feliz, encontre o amor verdadeiro e  que seja muito amado assim como eu amo esse velho aqui.  –agora sou eu que seguro a mão dela.

   — Ah! E que me dê muitos netos.
– rimos os três. — Eu também te amo, minha velha! – Minha mãe bate no ombro do meu pai.

  — Eu amo vocês! – falo olhando pra eles. — E não se preocupem, minha namorada e futura esposa já me faz feliz, ela é  perfeita para está comigo nessa jornada.

  — Confiamos em você filho. – Meus velhos falam juntos.

   Agora tenho outros motivos para querer o contrato de casamento com a Dilen. ‐ "Eu realmente preciso dela" Termino o almoço com meus pais e volto para o escritório, ainda tenho uma reunião por conferência de vídeo no final do dia.

   Enquanto estou ouvindo os últimos  detalhes na minha reunião, ouço batidas na porta olhando de lado vejo que é ela mando entrar fazendo sinais com as mão. Ela anda com os braços  para trás ficando em pé em frente à  minha mesa. Olho pra ela bem rápido e percebo que pede desculpas com o movimento dos lábios. Peço que aguarde um pouco, novamente fazendo sinais com as mãos.

  — Pode falar –falo enquanto desligo o notebook. Ergo a sobrancelha direita por seu silêncio.

   — Aceito ser sua namorada! –Meu coração dispara, bato palmas por baixo da mesa, ela se joga na cadeira e fica me olhando.

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O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora