NOVA ROTINA

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      Estou saindo do elevador indo à  recepção da empresa, vejo a Dilen entregando uma sacola com fraldas descartáveis, a recepcionista Clara.

      Se despede e vai para as escadas  não usa o elevador. O prédio comercial de doze andares pertence à construtora Gouveia, nos dois últimos fica a empresa.

—Boa tarde Clara! Como está?

—Boa tarde senhor Marcos. Estou bem obrigado, como foi a viagem?

—Tudo bem, você pode me informar se a Dilen já está na empresa?

—Está sim, acabou de subir pelas escadas. Ela gosta de ir por elas.

—Obrigado Clara. – Vou para o elevador.

      Não a vejo, nem conversa com ela há oito dias, uma semana após o churrasco, tive que viajar para ver  obras em Pernambuco, onde aconteceu transtornos e em Natal tive reunião com empresários da área  de construção.

      Na semana que estive em Pernambuco encontrei o Victor, ele estava passando o fim de semana com a mãe, saímos a noite para uma boate, sai com uma mulher mas, nem lembro o nome. Romance não é pra mim.

      Passamos uma semana nos tratando como antes, patrão e secretária, ela não mudou nada, seu jeito de me olhar, falar, parecia até aliviada porque eu fazia o mesmo, muitas vezes falava e nem a olhava.

      Mas, a verdade é que não estava tudo como era antes. Agora ela é minha namorada, existem duas famílias e amigos  com expectativa de um romance

     E ainda tem essa "borboleta",  e o que será lugar mágico, não podia evitar de olhar para seu ombro todas as vezes que ela está de costas saindo da minha sala.

     Estou de volta a minha nova rotina, ela não está na sua mesa, entro na minha sala e deixo a porta aberta para que veja que cheguei.

—Boa tarde, desculpe senhor não poder  recebê-lo .

—Boa tarde. Consegui voltar um dia antes, onde você estava?

—Na sala de arquivos, precisei de alguns documentos. O senhor deseja alguma coisa?

—Não, pode ir. – falo sem olhar pra ela.

—O Humberto precisa de sua avaliação em uma maquete, ele disse que era urgente, já que o senhor está aqui posso avisá-lo que irá ver?

—Sim, pode mais tarde irei.

—Licença senhor. –escuto a porta ser fechada.

      São mais de três horas quando consigo ir ver a maquete, tem uma moça conversando com a Dilen em sua mesa. Não conheço a maioria dos meus funcionários.

—Estou indo lá no Humberto.

      Recomendo que refaçam a maquete, não aprovei, do jeito que está não irá agradar o cliente. Já passa das cinco horas quando estou retornando a minha sala, de cabeça baixa de olho no celular.

—O senhor precisa de mais alguma coisa? –ela me pergunta arrumando sua mesa.

—Você já está indo embora? Vai para casa?

—Sim, já estou na minha hora de sair.

—Espere só um minuto!

—Vamos vou te levar em casa. –ela ia abrir a boca pra protestar mas, não lhe dou tempo caminho em direção  ao elevador.

A porta se abre e espero ela entrar, passamos pela recepção, ela se despede da Clara com as mãos.

      Entramos em um elevador do prédio, ela fica um pouco afastada de mim, mas, vai entrando mais gente ela se aproxima de mim.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora