O PESADELO

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Pego a chave que sempre está guardada na minha bolsa. Abro a porta do apartamento e vou direto para perto da janela que está aberta. Ao longe vejo o mar.

Tenho esse apartamento, comprei com o dinheiro trabalhando com o Alan. Sala ampla, dois quartos. Área nobre da  cidade perto do litoral.

— Menina quanto tempo você não aparece. – Lúcia toma conta do meu lugar.

— Depois do noivado fiquei sem tempo, Lúcia, o Alan apareceu?

— Ele vem de novo amanhã. Me ligou avisando.

— Vamos viajar nesse fim de semana.

— Você quer comer alguma coisa?

—Não. Obrigada mais tarde eu peço, vou pro meu quarto talvez eu durma um pouco.

— Falta pouco para terminar  a limpeza, depois vou embora.

—Tá bom, pode fazer barulho, não me incomoda. Lúcia, se alguém da minha casa ligar não diga que estou aqui, por favor!

— Não direi como sempre, pode confiar.

Minha família sabe desse lugar, mas não me deixa morar sozinha.

Ligo  para a Mary digo que encontrei duas amigas do curso, que chegarei mais tarde em casa. Uma vagabunda é isso que Marcos pensa que eu sou. Se ele soubesse que só  tive um homem na minha vida.

Estou nua na frente do espelho vendo no meu corpo as marcas que ele deixou  e a mais nova feita pelo o Marcos no meu braço

Estou cansada de ouvir da minha família de certa forma que eu sou fraca e não vou conseguir viver só.

Choro sem precisar me conter para  não fazer minha mãe sofrer, aqui ela não vai me ouvir.

Marcos hoje me mostrou que não preciso libertar minha família e sim, eu mesma.

Envio uma mensagem para o Beto pedindo perdão que depois conversava com ele. Vejo várias chamadas do Marcos.

"Que tipo de homem é você Marcos?"

Jogo a pergunta ao vento, lembro do seu beijo, de como segura minha mão, muito diferente do homem de hoje.

"Por que ele está me tratando assim?"

Estou tão cansada, queria poder dormir  e acordar só amanhã.  Deito, mas não consigo relaxar, ando pelo apartamento, Lúcia já foi embora, tocando nas minhas coisas para lembrar quem eu sou de verdade.

Já relaxada sento na minha cama e vejo a escuridão lá fora, ligo o celular. Vejo ligações do Victor, resolvi retornar. Ele atende na segunda chamada.

Onde você está Dilen? Por que não me atendeu. – fala preocupado.

— Victor aconteceu alguma coisa, a Cláudia está bem?

Está tudo bem com a Cláudia e você como está?

— Estou bem, por que tanta ligação?

— O meu amigo idiota me falou o que fez com você. Ele até pensou em ir na sua casa e está muito preocupado.

Sorrio do seu comentário.

— Eu saí com umas amigas do curso, não olhei o celular, já estou indo pra casa.

— Dilen perdoa meu amigo, liga para ele.

— Victor, você é meu amigo por isso estou retornando sua ligação, Marcos é o meu patrão minha hora de trabalho já terminou faz tempo.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora