PALAVRAS QUE MAGOAM

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— Não precisa ter medo, eu sei que você é a noiva do Marcos e também conheço aquelas duas.

O Bruno cobre meu ombro com seu paletó, consigo fechar na frente com uma mão e cobrir a parte molhada. Mantenho uma certa distância dele.

— Obrigada, agora me sinto protegida. Você me leva até o Marcos por favor, lá te devolvo.

— Claro. Vamos eu sei onde ele está.

Enquanto andava ele falava dele e da festa. Parecia um garoto feliz. Estávamos rindo quando chegamos perto do Marcos.

— Dilen, o que você está fazendo com esse cara? – Marcos segura minha mão me puxando para perto dele.

— Ele está me ajudando com... – Ele não permite que eu explique e avança  para cima do Bruno.

— Eu já te mandei ficar longe da minha mulher! –Pedro e o César seguram o Marcos.

— Calma Marcos! Você está chamando a atenção. Não precisa disso.  – Alerta o Pedro.

Marcos pede que o soltem e vem para perto de mim pedindo para Samantha e Débora se afastarem.

— Foi por isso que demorou? Estava onde com ele? –.ele fala furioso apontando o paletó do Bruno.

— Marcos a Lu...  –Entro na frente do Bruno.

— Obrigada, Bruno por me ajudar e emprestar seu paletó. Se não fosse você estaria lá até agora.

Cruzo os braços na frente e vou pra perto da Samantha.

— Da próxima vez vou ter mais cuidado pra não esbarrar em ninguém com um copo na mão. Sam, entrega ao Bruno seu paletó.

Débora vendo a situação do meu vestido tenta me proteger ficando na minha frente.

— Aqui está um pouco escuro, Dilen, fica calma.

Sinto outro paletó sendo colocado em meu ombro, reconheço o perfume.

Seguro com as mãos fechando bem na frente já que é grande. Mas não olho para ele.

— Ei gata, acho que não vou lavar esse paletó tão cedo –Bruno me fala sorrindo e se afastou às pressas fazendo sinal para o Marcos.

— Não se altera, Marcos, o meu cunhado é muito novo – fala o César.

— Dilen, com esse vestido molhado você vai ficar com frio. – Pedro comenta me vendo tremer.

Marcos me abraça me prendendo em seu braços e esfregando minhas costas, fico imóvel e logo me afasto do seu contato.

— Se você quiser pode continuar aqui na festa, eu quero ir embora. – Aviso ao Marcos.

— Vou te levar em casa. Até mais gente! – ele se despede dos amigos.

— Obrigada, foi muito bom rever vocês. – Recebo um abraço das meninas.

— Podíamos marcar uma reunião qualquer dia, um cinema talvez!  – fala a Débora.

— Eu iria adorar, vamos sim! 

"Eu gostei delas."

Penso enquanto acompanho o Marcos que segura meu braço, mesmo quando eu tento desvencilhar  e me leva para o carro em silêncio.

E assim permanecemos dentro do carro até ele me deixar em casa. Antes de sair retiro seu paletó e passo um braço na frente da parte molhada que não estava mais tão evidente, no entanto me sentia desprotegida.

—Desculpa por estragar sua noite, pode descontar do meu salário o vestido.

Comprei-o com o cartão que ele me deu.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora