VOCÊ É MEU LUGAR MÁGICO

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Estou parecendo um adolescente que está indo ao seu primeiro encontro, mãos suadas, ansioso e coração a mil enquanto espero a Dil abrir a porta de seu apartamento. Estou com as provas de sua inocência em um envelope, após  a emboscada para pegar no flaga o verdadeiro culpado.

Três meses até conseguir pistas, que levou a um colaborador do Thiago em sua empresa de TI. Aproveitou a oportunidade em que fazia a manutenção do computador da Dilen para roubar as informações da minha empresa. Pago pela Luciana, que queria incriminar a Dilen e me fazer separar da minha esposa, caso o sequestro falhasse. Tive a certeza quando fui visitá‐la na prisão.

A Dil  acha que  está esperando um funcionário do Victor com documentos que precisa de sua assinatura. A porta é aberta.

— O que está fazendo aqui e qual deles  te falou onde moro? –ela fala tentando fechar a porta, mas sou mais rápido e entro.

— Boa tarde para você também – Ela suspira. —Eu sempre soube que morava aqui, seu carro tem rastreador lembra, apenas o número do apartamento foi dado pelo o Victor.

— O que você quer? –pergunta com a mão sobre a barriga, mas tira rapidamente quando olho para ela.

Não respondo. Apenas a observo. Os cabelos soltos, estão maiores passando de sua cintura, descalça, com um vestido de cores variadas bem soltinho.

— Vai ficar só me olhando e não falar nada? –pergunta impaciente.

Dando-lhe as costas ando em direção à uma estante com muitos livros, alguns eu conheço, me deparo com uma só com os de Gabo Rossetti, pego um de contos, leio uma página e guardo. Passo a mão admirado vendo todos e alguns prêmios literários.

—Marcos!

—Oi Pequena! –Tento me aproximar, mas ela se afasta. — Você escreveu tudo isso mesmo?

— Comecei a escrever as  dezesseis anos, foi o jeito que meus padrinhos encontraram de tirar do meu silêncio após a morte do meu pai. Esse aqui foi o primeiro.

Ela me entrega um livro infantil, fábulas de borboletas, mostra outros e vai explicando com entusiasmo  e orgulho de cada um.

— E por que Gabo Rossetti e não o seu nome?

— Em homenagem ao meu pai, Gabriel Rossetini de Andrade, não queria que o Igor me encontrasse, por isso o Alan teve a ideia, eu já usava o sobrenome de solteira da minha mãe: Ribeiro.

— E  o contrato com sigilo você  renovou?

— Não. Ainda estamos estudando o que faremos, por enquanto estou de férias,  tenho outro projeto em mente.

— Você não vai embora, viajar como planejava antes de casar comigo.

— Casamento falso e como vou viajar se posso ser presa a qualquer momento eu...

—Não será presa, veja aqui estão as provas de sua inocência. – Entrego o envelope.

Ela senta  no sofá por cima de uma das pernas e lê os documentos que eu trouxe.

— Não estou entendendo o que dizem esses papéis.

— São informações que o Thiago tirou do seu computador feito por um de seu colaborador que além de copiar meus projetos fez com que você fosse incriminada.

— Marcos, eu entendi essa parte, não entendo o porquê fazer isso comigo.

Eu Sento ao seu lado e seguro sua mão, ela tenta puxar, mas seguro firme sem machucar.

— Meu amor, a Luciana contratou ele para fazer isso, ela armou tudo, ela estava seguindo você para ajudar o Igor,  o Eduardo me falou que  no hospital ele tirou fotos suas, na hora ele não entendeu, mas conseguimos provar  que era apenas resultado de um exame que entregou ao Gustavo. Foi no computador da sala do Henrique que ela abriu a conta em seu nome. – Ela puxa a mão e fica em pé.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora