O CONTRATO DE CASAMENTO

OS NOIVOS

— Porque você demorou todo esse tempo e não atendeu o celular?

— Calma, já estou aqui, o trânsito não ajudou. – Victor retornou ao escritório.

—Onde você deixou a Dil?

—A deixei em frente de um restaurante  na orla marítima. – Fico batendo a caneta na mesa.

— Victor desembucha!

— Ela foi só encontrar um amigo.

Arremesso a caneta sobre a mesa.

— Victor estou perdendo a paciência sei que você não a deixaria lá sem conferir  quem ela foi encontrar. Como é ele?

— Bonito. Acho que um pouco mais velho que nós, tem cavanhaque e eles pareciam íntimos porque enquanto conversavam ele segurava sua mão.

— Você vai mudar o contrato, ela não poderá se envolver com outro homem.

Falo enquanto ando de um lado para outro.

— Você hoje mesmo vai encontrar uma mulher, nós vimos no seu celular, Ana não é mesmo e ela não pode.

— Ela vai ser minha mulher, Victor ela não pode e ponto final.

— Você é um idiota mesmo, passou o dia  humilhando-a, não a defendeu da Luciana.

— Naquele momento eu era o patrão das duas e você mais do que ninguém sabe que a Luciana não é nada pra mim.

— Marcos a Dilen é uma mulher bonita com certeza ela deve ter alguém que...

—Eu nunca disse que ela é feia, muito pelo contrário eu a acho linda, tu precisa ver ela na casa dela com os cabelos soltos.

—Eu não preciso ver seus cabelos soltos pra saber que é linda.

—Ela confia em você e  eu confesso que hoje senti ciúmes de você com ela no almoço.  –Victor ri.

— Você acha que foi fácil ganhar a confiança dela e hoje quase que a perdi por sua causa.

— Obrigado irmão por me segurar e cuidar dela.

— Ela é minha cunhada, irmã, amiga é assim que gosto dela

— Eu sei. É que ela me deixa nervoso, senhor para isso, senhor para aquilo. Não senhor, sim senhor, o contrato senhor.

— Acho que tu está precisando transar mesmo. Eu nunca te vi assim antes por nenhuma mulher.

— Essa mulher tá mexendo com o meu psicólogo uma hora sinto vontade de abraçar, proteger e na mesma hora ela me faz querer avançar nela e... – Calo, me sentindo  frustrado e confuso.

— Você já esteve com muitas mulheres está parecendo um  homem inexperiente. Não estou te reconhecendo!

— A verdade  é que eu nunca estive em um relacionamento de verdade nem aquele que me fez ser o porqueira que sou hoje.

— Isso é um começo para você se limpar, reconhecer que aquilo não era um relacionamento.

— Vamos embora, não vou conseguir fazer mais nada aqui. Te vejo no domingo na casa dos meus pais.

— Com toda certeza, meu amigo vai noivar não posso perder. Será que ele vai deixar a Dilen em casa?

—Cala boca Victor!

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  A NOIVA

—Bom dia mãe, chegamos!

Marcos anuncia nossa chegada a casa dos seus pais.