O PEDIDO E O SIM

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—Dilen sua bolsa está pendurada na porta. Vou te esperar na varanda. -falo grudado a porta.

A minha suíte na casa dos meus pais é grande, com cama de casal, em tons claros e uma varanda onde posso ver a piscina.

Vejo uma mensagem chegando no celular dela não dar pra evitar de olhar.

BETO
"Falamos à noite"

Quem é Beto? Do curso não é porque eles falam em espanhol para praticar o idioma.

Fico em pé na varanda olhando a nossa família fazendo a festa, e realmente eles estão felizes e se divertindo. É interessante como eles se deram bem!

— Marcos, eu posso deixar a toalha no banheiro?  –Me viro para responder, a observo e cruzo os braços.

— Pode sim, depois a Cris com a sua equipe recolhe.

Ela volta para o banheiro, trocou o vestido de listra por um de estampa de flores, solto abaixo do joelho e de alças.

— Obrigada por deixar usar seu banheiro.

Se aproxima da varanda e ver todos lá embaixo.

— Não precisa agradecer com certeza você o usará várias vezes, quando casarmos. Quer secar os cabelos?

— Não, vou ficar com eles molhados, assim refresca mais. – solta beijo para  alguém lá embaixo. Joga os cabelos para trás e pega uma mecha e enrola no dedo.

—Trouxe água para você tomar o remédio.  – falo observando seus movimentos discretamente.

— Vou pegar na minha bolsa. Você falou para eles que eu estava tomando banho?  –Toma o comprimido, puxa uma cadeira  da mesa que tem no meio da varanda.

— Sim, foi a primeira coisa que fiz quando fui pegar sua bolsa, está se sentindo melhor?

— Estou o banho me fez bem.  – Ela evita me olhar, estou sem camisa por isso puxo uma cadeira e sento.

Lembro de que a peguei me observando algumas vezes, a Naty com certeza estava falando coisas indecentes com ela. Conheço minha irmã.

— Marcos, quando iremos casar? –pergunta me encarando.

— Logo. Por que você não usa o anel o tempo todo?  –ela solta a mecha do cabelo e olha para o anel que está junto da aliança.

— Como vou andar com um anel desse de ônibus Marcos, posso ser assaltada.

—Esse é mais um motivo pra você não andar de ônibus e porque quer saber quando vamos casar?  –Lembro da mensagem. Beto será o amigo do restaurante?

— Porque sei que não tem como eu romper esse contrato a não ser cumprir as cláusulas.

— Você está falando isso pra que eu não mude a cláusula que te impede de ter amante?

— Não é  isso, eu não estou conseguindo encarar minha mãe todos os dias e mentir.

— A Sara está desconfiada? E o Tony?

— Acredito que não, mas não consigo olhar nos olhos deles quando falo. E hoje só sabem falar de sexo.

— É só falar que já transamos.

— Marcos, eu falei que  isso não aconteceu elas ficaram malucas.

— A Naty não vai te dar paz sobre isso enquanto você não falar  das noites maravilhosas de sexo com seu noivo.

— Eu não preciso passar por isso e você não entende eu estou cansada de mentir, fingir está sendo horrível fazer isso com a minha família todos os dias.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora