A TATUAGEM

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Quando a Cláudia perguntou ao Victor se ele estava escondendo algo sobre mim, gelei, que sem pensar, apertei a Dilen em meus braços, talvez ela tenha pensado a mesma coisa, porque não me afastou. Senti de perto seu cheiro de novo, quase que enterrava meu nariz no seu pescoço

Victor armou para Cláudia, além de fazer as pessoas acreditarem que estou apaixonado, como bom advogado que é, ganhou a confiança da amiga.

Estou encostado na porta do seu quarto que está aberta olhando pra ela sentada na cama batendo os pés de nervosa.

- Pode entrar, daqui a pouco o Ruan vem me chamar, ele sempre faz isso se eu demoro a voltar. - Aponta uma poltrona pra que eu me sente.

- Então, o que você quer me mostrar? - pergunto o mais frio possível.

Ela estava de cabeça baixa me olha, muda o semblante está parecendo a secretária que vejo na minha sala todos os dias.

- A Cláudia é muito desconfiada, ela vai perceber que estou mentindo, que não sou apaixonada pelo senhor!

-Eu percebi, por isso te apertei para parecermos mais íntimos -Minto. - O que você quer que eu faça?

- Você não precisa me beijar, como fez ontem na casa de seus pais, para minha família só o fato de trazer aqui no meu quarto é sinal que confio no Senhor. A Cláudia precisa mais do que isso.

-Tipo o quê?

- Apenas fique mais perto de mim quando ela estiver por perto, me trate com carinho, demonstração de afeto para ela conta muito, palavras não.

- Você não irá contar pra ela já que é sua melhor amiga, assim como falei pro Victor?

- Não, só depois que estivermos casados, se ela suspeitar não deixará eu continuar com isso, com certeza contará pra todos, não permitirá o senhor se aproximar de mim, eu a conheço se não fizer coisa pior.

- Por acaso ela já agrediu algum homem por você?

- Não, o Tony foi mais rápido que ela. - O seu celular toca, mas não levanta para ver

- A Cláudia literalmente é sua segurança pessoal? -O celular toca de novo, ela vai até a escrivaninha, olha o celular.

- Em algumas situações, acho que sim.

- Me fale algo dela. - falo e admiro seu quarto, a única estampa é o papel de parede da cama.

- Por que? -ela sorri com a mensagem do celular.

- Ela não vai gostar quando souber que sua melhor amiga nunca falou dela pro namorado. -ela pega o notebook e senta na cadeira.

- Isso é verdade! O que eu posso falar daquela negra linda é assim que ela gosta de ser chamada, amo sua cor. Trabalha como segurança feminina. - enquanto fala, digita algo no notebook- está no terceiro ano de serviço social; separada; tem um filho, o Lucas. Somos amigas desde a adolescência -fecha o note, digita no celular sem piscar, parece que está na empresa - mora em uma rua por trás da minha. Acho que é isso senhor.

Me olha como no escritório esperando a resposta depois de me dar alguma informação ou passar minha agenda.

Escutamos passos e logo o riso do Ruan. Ela se esconde atrás da porta. Os três garotos entram querendo fazer surpresa e ver apenas eu no quarto.

-Tio Marcus, onde tá tia Dil?

-Não sei, grandão, estou aqui sozinho.

-Mamãe e tio Tony mandou olhar vocês dois.

- Cala a boca Lucas. -fala Théo.

- O quê! - Dilen grita, saindo de trás da porta. - Por isso não vou levar nenhum dos três a Bica, fim de passeio.

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora