MARCUS O PRESENTE

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Estou subindo as escadas da casa da Dilen com o Ruan. Ele quer me dar de presente para tia. Ela não atendeu minhas ligações, não respondeu minhas mensagens. Não posso viajar sem lhe pedir desculpas.

Ouvi sua conversa com o Victor, como pude falar com ela daquele jeito. Fiz ela chorar. Não conheço mulher mais digna do que ela.

Bebi muito ontem só fui trabalhar à tarde ou melhor fui a empresa, mas não consegui me concentrar em nada, ainda mais sabendo que a deixei doente.

Ruan pede para que eu fique escondido.

Tia Dil eu tenho um presente pra você, adivinha?

— Oi meu bebê, adoro ganhar presente. Você vai me dar um bolo, acertei?

Não, tia, de novu. – NNãoconsigo conter o sorriso da sua voz infantil.

— Chocolate, sorvete. É de comer?

— Não é pra comer. É pra você ficar boa do dodói.

—Mais remédio Ruan, eu não quero, pode levar embora! – Sinto vontade de entrar logo, mas não posso acabar com a brincadeira do Ruan.

—Tia Dil, ele não pode ir embora, tem que dar beijinho pro dodói ir embora.

Escuto o silêncio dela. Com certeza ela já sabe que sou eu. Ruan vem e me olha, faz o sinal de silêncio e volta para dentro do quarto.

— Tudo bem meu amor a tia desiste pode trazer o presente.

Ruan segura minha mão e me puxa pra dentro do quarto sorrindo. Caminho  olhando nos seus olhos, mesmo com os óculos vejo que chorou e está abatida, mas não me encara, não gostou de me ver.

— O presente é o tio Marcus, gostou?  – Ruan pergunta sem soltar minha mão.

— Sim, meu bebê. Obrigada. Como vai Marcus? – Ela está na cama com o notebook nas pernas e a cama cheia de desenhos do Ruan.

— Estou bem Dil e....

—Vai tio beija logo pro dodói ir embora. – Ruan interrompe e me empurra para perto da cama.

— Ruan, o Marcos não precisa me beijar, já estou melhor.  – Ela tenta convencer o pequeno.

— Vovó falou, o beijo do tio Marcus pra dodói da tia ir embora.

— Ele só fala isso desde que cheguei.  – Ela me olha rápido e volta sua atenção para o Ruan.

—Tia deixa pra gente brincar, vai tio beija. – le faz bico, nós rimos da sua inocência, ela me olha seu sorriso apaga.

— Pode beijar Marcos, ele não vai parar enquanto não ver o beijo. – Ruan bate palmas e sobe na cama.

Aproximo mais da cama, mudo meu olhar do Ruan para os seus pés, subo por suas pernas, percebendo meu gesto, encolhe e as cobre com um fino lençol e o segura com as mãos em cada lado das pernas.

Sua respiração alterada, pela expectativa do beijo. Não me olha.

Retiro minhas mãos do bolso da calça, seguro seu rosto entre elas, abaixo minha cabeça e ao mesmo tempo virando seu rosto para mim.

— Me perdoa Pequena. Eu não queria falar aquilo. – Deposito um beijo na sua testa.

— Eu não penso nada daquilo que eu falei. – Beijo seu olho esquerdo.

— Eu não tenho o direito de fazer aquilo com você.  – Beijo seu olho direito. Ela põe sua mão trêmula sobre a minha.

— Marcos está tudo bem, não...

O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora