Capítulo 30

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Mia

Nunca pensei que seguir uma pessoa seria tão difícil. Eu perdia o Levi de vista toda hora e tinha a sensação que ele ia olhar para trás e me ver a qualquer momento.

O caminho que ele pegou para ir pra sei lá onde... Eu não reconhecia. Pra onde você tá indo, Levi?

Quando a gente tá chegando perto de umas ruas meio abandonadas percebo que ele tá indo para o subterrâneo. Mas o que diabos ele vai fazer lá embaixo?

–Me desculpa!

Eu bato numa mulher mas ela me olha tão feio que eu fico com medo dela. Ela resmunga alguma coisa e vai embora.

Volto a me concentrar em me esconder e seguir o Levi novamente. Ele entra em um bar, eu espero um pouco e depois entro.

Percebo alguns olhares repugnantes daqueles bêbados, um em particular não parava de me encarar com um sorriso nojento no rosto.

Vejo o Levi de longe sentado com um homem... Eu reconhecia ele. Era o mesmo homem com quem o Levi tava descutindo aquela noite em que eu fiquei bêbada. Qual era mesmo o nome dele??? Ah, Kenny!

A expressão do Levi era neutra mas a do tal Kenny era puro deboche.

Eu precisava escutar o que eles tavam falando. Tento me aproximar só o bastante para escutar o que eles falavam. Não quero que eles me vejam aqui.

–Então era isso?

O Levi pergunta e sinto uma desconfiança no seu tom de voz. Dava para ver que o Levi não confiava naquele cara.

–Não sou tão ruim quanto você pensa.

–E o que você vai ganhar em troca?

Do que eles tavam falando?? Era para eu ter entrado antes...

–Isso não é da sua conta, garoto.

O Kenny vira de uma vez a sua bebida enquanto o Levi o encara com desconfiança.

–Preciso mijar.

O Kenny levanta e vai até a parte de trás do bar. Aquele lugar fedia... Como o Levi conseguia ficar aqui normal tento o toque de limpeza. Ele devia tá surtando internamente.

Aaquele cara que me encarou quando entrei vem até minha direção.

–Tá perdida gatinha?

A voz daquele homem me fazia querer vomitar. Eu me viro e ignoro ele, espero que ele me deixe em paz. A última coisa que eu quero é chamar atenção de todos no bar, principalmente a do Levi para mim.

–Que tal uma bebida?

Ele se aproxima demais e sinto sua respiração na minha nuca.

–Não percebeu que eu não tô afim?

Empurro ele para longe e faço com que a bebida que tava na sua mão derrube em cima dele. Eu tento segurar um riso e ele olha para a camisa suja de bebida e depois levanta o olhar furioso para mim.

–Olha o que você fez!

Ele diz alterando a sua voz para mim.

–Você já tava fedendo mesmo.

Porque eu resolvir provocar logo um bêbado? Eu devia ser discreta... Eu tava tentando não ser vista.

Ele levanta a mão para bater em mim.

–Sua vagabun...

Uma mão segura a dele antes que esse cara possa me bater. Não qualquer mão... A do Levi. Droga, meu plano de ficar escondida já era.

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