Capítulo 19

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Mia

Minha cabeça latejava de dor, tento me levantar mas acabo caindo na cama novamente. Quando eu vejo que não tem mais nada girando a minha volta eu me sento.

Eu estou no tipo em um quarto pequeno. Talvez eu esteja num cabana, não sei dizer ao certo.

Depois de alguns minutos ali, escuto a voz de dois homens se aproximando.

–Não devia ter batido tão forte nela.

Lembro dessa voz, é aquele homem que tava no dia que a Anne fugiu. Qual o nome dele mesmo?

–Não exagere, só bati o suficiente para deixar ela inconsciente.

Essa voz é daquele cara que tava com Reiner.

Escuto o ranger da porta, ele entra no quarto segurando um kit de primeiro socorros na mão.

–Oi, você acordou.

Steve! Esse era o nome dele.

–Como você tá?

Ele pergunta se aproximando com cautela, o outro cara fica lá na porta me encarando, com uma expressão inexpressiva no rosto.

–Onde eu tô?

Steve olha meio desconfiando para o cara loiro procurando um confirmação, se pode me dar tal informação. Depois volta sua atenção para mim.

–Estamos em um lugar seguro.

Olho desconfiada para os dois. Quando ele tenta chegar mas perto eu recuo.

–Não precisa ter medo.

–Quanto tempo eu tô apagada?

–Hoje faz dois dias.

Dois dias?!?!? Bem, isso significa que não devemos tá tão longe das muralhas assim

–Falei que você bateu muito forte Zeke.

Então Zeke era seu nome.

–Eu quero ir embora.

Sei que é idiotice mas é a única coisa que vem na minha cabeça.

Os dois se volta para mim e o Zeke começa a rir com sarcasmo da minha cara, já o outro fica sério.

–Você não sair daqui. Acha que alguém vai vim te buscar? Você tá errada.

O Zeke fala para mim. E o Steve logo em seguida tenta se aproximar de mim novamente e eu novamente recuo.

–Eu só vou cuidar desse machucado.

–Eu estou bem.

Eu não tava nada bem. Minha cabeça não parava de latejar, tinha acabado de ser sequestrada, estava com pessoas desconhecidas e eu sabia exatamente o que eles queriam de mim, e aquilo não me deixava nem um pouco tranquila.

–Se ela não quer, deixe ela aí.

O Zeke diz impaciente e bate a porta saindo do quarto me deixando com esse lunático.

–Por favor... deixa eu cuidar de você.

–Eu não quero.

Forço para segurar minhas lágrimas.

–Sabe, eu pensei que você estava morta... Vi quando a casa que você e sua mãe estavam desmoronou.

O que?? Ele me conhece? Ele conhecia a minha mãe?

–Sabe quem eu sou?

Ele apenas assente para mim. Espero algum explicação mas ele não me dar.

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