capítulo 32

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Mia

Já fazem dois dias que estou trancada aqui em baixo. Ninguém além de um guardinha veio me ver. Ele nunca falava comigo, apenas deixava uma comida e ia embora me deixando ali.

Quando foi no terceiro dia o Steve apareceu logo de manhã cedo e me chamando para um passeio. Não fazia ideia do que ele iria ganhar com isso, mas... Eu estava cansada de ficar ali em baixo sem fazer nada.

–Para onde vamos?

Pergunto me levantado da cama assim que ele entra na cela.

–Não é justo que fique aqui pressa o tempo todo, você precisa tomar um sol. E eu disse que não sou um cara mal.

Até parece... Qualquer pessoa que faz experimentos com crianças é um monstro.

–Porque a algema?

Ele faz sinal para eu estender a mão para ele mas fico na defensiva.

–Essa foi a condição para você sair daqui.

Não me sentia muito confortável com isso mas se aquela era a única maneira de sair de lá... Então que seja.

Estreito os olhos assim que o sol bate no meu rosto. Quando me acostumo com a claridade passam quatro crianças por mim. Um menino de cabelo loiro sorrir para mim e depois olha todo sorridente para o Steve.

–Oi doutor.

Ele cumprimenta o Steve.

–Olá Falcon.

O menino de cabelos loiro olha para as minhas algemas e me olhar com um ar de interrogação.

–Porque tá algemada?

–Ele não quer que eu fuja.

Digo com um tom simpático. O Falcon arregala os olhos com medo, surpreso e desconfiado.

–Você não vai matar a gente né?

Acho que andar pelas ruas algemada não dá uma boa impressão.

–Talvez.

Eu brinco com ele. Era óbvio que eu não faria nenhum mal para uma criança. O Falcon pareceu acreditar.

–Ela está brincando.

Uma menina de cabelos castanhos chama por ele e eu percebo um certo brilho em seu olhar quando ele olha para ela e sai correndo em sua direção.

O Steve me leva até o centro da cidade, onde tem várias barraquinhas. As pessoas ali me olham estranho e conchinham coisas entre si.

–Me trouxe até aqui em cima para me exibir a eles?

–Você precisava de um pouco de sol. Só isso.

Olho desconfiada para ele. Não acreditava que ele tava sendo uma pessoa boa sem querer nada em troca.

–Se acha que eu vou contar a você alguma coisa sobre pa...

–Não é nada disso.

Ele me interrompe rápido demais. Seu olhar parece sombrio por um momento, ele tá distante perdido em seus pensamentos.

–E o que quer de mim?

–Conversar...

O que ele queria conversar comigo?

–Não quer saber sobre seu passado? O porquê de eu te feito isso?

–Não.

Olho para lado tentando evitar o olhar do Steve sobre mim. Já tínhamos nos afastado bastante da cidade, a frente vejo o mar e tento focar meu olhar naquele imenso mar.

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