Capítulo 21

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Nem Alec conseguiu prever o quanto suas palavras soaram fortes naquele momento

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Nem Alec conseguiu prever o quanto suas palavras soaram fortes naquele momento. Não entendia como que perto da Catherine ele se transformava tanto, se sentia mais forte, confiante e determinado.

— Catherine não consigo tirar você da minha cabeça. Há uma forte atração entre nós dois e não negue, o que aconteceu conosco no restaurante e a poucos minutos no banheiro... Explica Alec se aproximando mais de mim. Pude sentir seu perfume e sua respiração pesada. — Devemos isso a nós mesmos, para ver onde isso nos leva. Estou pedindo, por favor, saia comigo essa noite.

Fico sem palavras diante de sua proposta. Mas sei exatamente o que fazer neste momento...

— Não posso e não vou me tornar a sua amante Alec. Digo ficando de pé, o afastando de mim.

Alec parece de verdade desapontado.

Se estou tomando a decisão correta? Só o tempo me dirá. Alec é um homem bastante sedutor e mexe muito comigo, mas não é assim que se começa um relacionamento. Cercado por mentiras e segredos. Nos dois merecemos algo verdadeiro e eu não aceito menos que isso para a minha vida agora!

— Aceitarei isso... Por hora. Mas não significa que vou desistir de você Catherine!

Sorri interiormente com a determinação que vejo surgir nas atitudes e no olhar do Alec.

— Estou ansiosa por isso.

Pisco ao dizer minhas últimas palavras para ele, depois giro em meus saltos altos e saiu do escritório. Deixou Alec sozinho...

Alec sente a dor de cabeça novamente e decide jogar um pouco de água fria em seu rosto, diante do espelho ele percebe a cor de seus olhos mudando e fica assustado.

Uma voz ecoa de dentro de usa mente.

Existe um predador no interior de você. Ele não existe para caçar outras pessoas, mas para caçar a você mesmo Alec, devorando seu discernimento, afastando a sabedoria humana. Foi criado a partir de seus hábitos e padrões de comportamento insalubres, de suas vaidades e egoísmos, e se alimenta de sua energia mental, emocional e espiritual.

— Estou ficando louco. Ele fecha os olhos com força. O pavor começa a surgir.

Como todo predador, ele não age aleatoriamente e sem estratégia; fica à espreita e somente te domina quando estimulado pelas circunstâncias, emoções e pensamentos que excitem sua ira.

— Não, não...

Por isso, você faz coisas que não querer fazer, diz coisas que não querer dizer, pensa coisas que não gostaria de pensar. Mas não tenha medo, apenas aceite a nossa natureza. Pois eu sou você e você sou eu!

Magoamos a nós mesmos e a outros, incapazes de agir com consciência plena. Esta é a Hora do Lobo, o momento em que caímos na mais lamentável cadeia de ações inconscientes e ignorantes, fundamentadas nos vícios de atitude que desenvolvemos ao longo de nossa vida. E essa triste queda devora nosso discernimento e percepção, e nos nega a sabedoria.

Lágrimas do LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora