Capítulo 27

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— Estou tão cansado disso

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— Estou tão cansado disso... Reprimido por todos os meus desejos ... Essas feridas parecem não cicatrizar, essa dor é real demais. Alec estava novamente perdendo o controle.

— Alec calma, respire e tente se controlar. Tentava acalmá-lo.

— Há coisas que nem o tempo pode apagar tio. Gritou Alec de dor. — Eu estou ouvindo as vozes novamente, elas são tantas.

— Que vozes? Você está falando de que?

— Das milhares de vozes clamando por justiça e vingança.

Assim que Marcos o olha diretamente nos olhos cai de joelho e ele consegue ver nitidamente as mortes e todas as vidas perdidas na guerra. Quantos inocentes haviam sofrido e ainda sofrem por culpa de um único ser.
— Quando eles choravam, eu não estava lá para enxugar todas as suas lágrimas. Quando eles gritavam eu não lutei contra todos os medos e seus inimigos. Eu não os protegi por todos esses anos que se passaram. Dizia Alec e seu espírito de lobo. — Ele está tão perto agora, eu posso senti-lo...

— Alec... David surge de repente o abraçando. — Ainda não é o momento, eu sei que seu sangue clama por justiça, mas ainda não é o momento. Explicou o pai preocupado.

— Porém ... Quando será então, quando novas vítimas surgirem. Eu sou o único que pode acabar com isso. Comentou Alec com seus olhos avermelhados.

— Deixe apenas fluir meu filho...

— E agora estou aqui ... Preso em dores e agonia ... Eu estou sendo preso por correntes feitas pelas minhas próprias escolhas.

— Não Alec não foram somente as suas escolhas que nos levaram até aqui. Foram as escolhas de todos nós. Freya agora!...

Nesse momento Freya surge entoando um cântico a deusa pedindo que os poderes do lobo supremo mais uma vez volte a adormecer.

Abençoado seja Alec o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra, Pois é ela a doadora da vida. Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela. Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida, E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás. Saibas que o sangue que corre nas tuas veias Nasceu do sangue da tua Mãe Terra. O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela, Borbulha nos riachos das montanhas, Flui abundantemente nos rios das planícies. Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra. O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu. E os sussurros das folhas da floresta. Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra. Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra. A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos, Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra, Que te rodeiam feito as ondas do mar cercando o peixinho, Como o ar tremelicante sustenta o pássaro. Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra, Ela está em ti e tu estás Nela. Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente. Segue portanto as suas leis, Pois teu alento é o alento Dela, Teu sangue o sangue Dela, Teus ossos os ossos Dela, Tua carne a carne Dela, Teus olhos e teus ouvidos são Dela também. Aquele que encontro a paz na sua Mãe Terra, Não morrerá jamais. Conhece esta paz na tua mente, Deseja esta paz ao teu coração, Realiza esta paz com o teu corpo. Feche os olhos guerreiro da Mãe terra e descanse até o seu completo despertar.

Lágrimas do LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora