35

116 4 0
                                    


  Ontem depois de descobrir toda a verdade, resolvi descansar um pouco a cabeça. Estava pensando em toda a crueldade que estavam fazendo com o Noah. Para distrair meus pensamentos, resolvi compor músicas na tarde de hoje. Escrever quando eu estava confusa era uma das coisas que aliviava toda a tensão que sentia.

  Estava na sacada do meu apartamento, o vento assoprava delicadamente o meu rosto, fazendo com que alguns fios do meu cabelo voassem. Eu sentia em paz. Sentia uma felicidade novamente pulsando dentro de mim e essa felicidade tinha nome e sobrenome Noah Miller.

  Fui tomar um banho, troco de roupa e vou até o meu carro. Iria fazer uma visitinha para uma pessoa, sorrio.

  Chego no local, toco a campainha e demora uns segundos até atender.

-Surpresa! - falo e ele me olha espantando. - Essa foi a minha cara, quando você apareceu na minha casa. - ele sorri discretamente. -Não vai me convidar para entrar? Tudo bem então... - falo entrando no apartamento.

-O que você faz aqui Anne? - diz Noah, fechando a porta logo em seguida. - Como você descobriu onde eu moro? - pergunta curioso.

-Ao contrário de você, que tem contato com o Josh e ele fala as coisas, eu tive que ir conforme a minha intuição mandava. Eu lembro que você queria muito comprar um apartamento nesse prédio, então eu pensei, porque ele não moraria ali né? Então eu achei... - falo me sentando no sofá.

-Entendi. - diz surpreso com cada atitude minha. - Então? - pergunta e eu rio.

-Eu estou aqui, porque eu achei que você precisaria de companhia numa noite de sexta-feira... - falo e ele não esconde o quanto estava chocado pelas minhas palavras. - Você não vai sair? - pergunto.

-Não. - diz.

-Então, ótimo. Quer pedir uma pizza? Ou você quer sair para jantar em algum restaurante? Tudo bem que a gente não pode ser visto juntos, mas... - ele me interrompe.

-Anne, está tudo bem? - ele se aproxima de mim, eu o encaro confusa. - Nesses últimos dias, você estava fugindo de mim, me odiando... E agora, está propondo da gente sair. Sei lá é meio estranho. - diz se sentando ao meu lado.

-Você não está feliz? - olho em seus olhos. - Não quer que eu fique com você? Tudo bem eu posso ir embora. - falo indo em direção à porta. Ele segura meu pulso, sorrio.

-Você sabe que eu amo a sua companhia, mas eu só estou estranhando você ter mudado de atitude... - diz e eu me sinto mal.

-Desculpa. - falo fechando os olhos. - Sabe eu sei que eu posso ter sido dura demais nesses últimos tempos com você, mas eu quero que você entenda o meu lado. - falo e ele me encara. - Eu acordei de um coma, eu procurei por você e eu não vi você ali, eu senti uma dor tão forte em ter perdido você e eu não podia fazer nada. - ele sorri triste. - Quando eu vi você eu senti ódio e saudades de amar você novamente, talvez eu nunca tenha deixado de amar você, mas eu tentei evitar ao máximo em me aproximar de você... - respiro fundo. - Mas agora eu entendo você. E você não está mais sozinho meu amor. - falo e ele se surpreende, principalmente por tê-lo chamado de meu amor. Meus olhos tinham um pouco de lágrimas, eu sentia tanta vontade de abraçá-lo e dizer que juntos iríamos acabar com todo mal que nos cercava e que nos mantinha separados.

-Anne, eu estou bem confuso... Você não tem que se desculpar por nada, a única pessoa que tem que pedir desculpas para você sou eu, por não ter sido homem o suficiente para você e por tê-la machucado tanto. - fala e balanço a cabeça em negação.-Você devia me odiar, porque você complica as coisas em? A gente precisava esquecer um do outro e você só deixa essa tarefa cada vez mais difícil. - eu sorrio com seu desabafo.

Separados Onde histórias criam vida. Descubra agora