Capítulo setenta e dois

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Ana

Acompanhei o ret até virar o corredor mas sentindo o olhar do Alex me queimando, até que eu direcionei meu olhar pra ele que não expressava nenhuma reação.

Alex: Tá se encontrando com ele agora, é isso?

Ana: Alex, agora não por favor. - Fiz que ia entrar.

Alex: Responde minha pergunta!

Ana: É sério isso? Tu acha mesmo que eu tô me encontrando com ele?

Alex: Faz tempo que eu parei que achar as coisas, vou começar a ter certeza agora, não é assim?

Ana: Cara, pelo amor de Deus.

Alex: Pelo amor de Deus o que Ana? Tá toda errada aí, o cara sai da porra do teu apartamento e tu quer que eu ache o que?

Ana: Não tem nada haver com o que tu tá pensando Alex, olha se quiser conversar numa boa, a gente conversa, mas se tu tá afim de bater cabeça com isso, não vai rolar, eu tô exausta, com dor de cabeça, cansada, entende?

Alex: Tá de sacanagem comigo tu? Foi bom então né, a visita dele? Pra te deixar assim.

Ana: Olha, me poupe e me economize, vou até entrar que tu já tá falando merda já.

Alex: Assume a porra dos teus b.o cara, nem argumento pra falar tem, precisa arrumar desculpa não, joga na roda logo.

Ana: Jogar o que na roda Alex? Ele veio aqui sim e a gente conversou, somente! Eu nem sabia que ele ia vir aqui, muito menos que ele sabia onde era minha casa cara.

Alex: Conversar o que Ana? Você não tem nem o que conversar cara, olha as coisas que tu tá falando, se escuta porra.

Ana: Eu tô falando que a gente pode conversar na boa, mas se você tá afim de brigar, brigue sozinho. Quer entender a situação? Sente e converse comigo como pessoas normais, mas se quer dá uma de adolescente, ficar fazendo chilique, aí já não é comigo, e você sabe!

Alex: Me fala aí então, quero saber!

Passei direto pro meu apartamento e ele veio atrás.

(...)

Contei tudo pra ele entendeu? Desde a parada do hospital e afins. Ele se revoltou porque eu não tinha contado antes e que não tinha necessidade de ter doado sangue pra alguém que me fez tanto mal.

Nem eu entendi essa reação dele, quis falar meia dúzia de palavras na minha cara e apontar o dedo, pois ele ouviu foi logo uma dúzia com gritos ainda.

Eu em, eu não cobro nada a ele, nem sei que o a gente tem na verdade, porque nem namorando estamos, mas em algumas situações ele quer agir como um.

Acho que minha carreira é solo mesmo, nunca vi um dedo tão podre pra homem, pelo amor.

Ainda saiu daqui putinho batendo a porta.

"Se decide então com quem tu quer ficar, porque eu não vou ficar competindo lugar na tua vida com ninguém não, decide o que tu quer pra porra da tua vida, porque só de tu ainda está mantendo contato com essa cara depois do que ele te fez, mostra que tu não se valoriza nem um pouco."

Falou isso e saiu batendo a porta.

É incrível como a culpa sempre cai pra cima da mulher, aonde que eu ia saber que esse homem ia bater aqui em casa?

Eu estou exausta, eu tô precisando é de uma viagem, espairecer a mente, me cercar de energias boas, tô é correndo do que tira minha paz, sou nova, não preciso disso não, ficar batendo cabeça por causa de homem, fazer com que a pessoa entenda uma coisa que ela não quer entender, mudar alguém que não quer ser mudado, que não ver problema nenhum nas suas atitudes.

Eu deixei bem claro pra ele, eu não estou e nem quero nenhum contato com o Filipe, e realmente eu não quero, mas parece que é algo impossível de entender, eu realmente estava afim de tentar, de recomeçar, tava gostosinho nossa relação, mas depois de hoje, tenho minhas dúvidas.

Tudo pra mim é na base da conversa, eu não sou de gritar, surtar e partir pra violência, e já vi que ele não é assim, e também não adianta conversar rios, se a pessoa não te compreende.

Só precisamos de nós. {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora