capítulo quarenta e nove

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Ana

Abri meus olhos sentindo a claridade e uma forte do de cabeça.
Logo o flashback vem na minha mente.

Ele me bateu, ele me machucou tanto que eu fiquei inconsciente, e agora estou na merda de um hospital.

Acho que eu nunca fiquei tão arrependida de algo na minha vida, como que eu me envolvi com um escroto desse? Sinceramente, era carência? Ou falta de avisos? Mas talvez, realmente foi preciso eu me encontrar em uma situação dessa, pra cair na real, não, eu não quero mais nenhum tipo de envolvimento com aquele cara, com aquele morro.

Priscila: Até que enfim você acordou. --- Saio dos meus devaneios, quando vejo ela se espreguiçando na poltrona. --- Você ta bem? Desculpa tá? Por não está lá pra te ajudar.

Ana: Para com isso, não tinha como você saber, e obrigada, por está do meu lado. --- Tentei me levantar um pouco, mas meu corpo todo doeu. --- Aí.

Priscila: Vai com calma, você não tá bem ainda pra sair da cama.

Ana: Eu tô sentido muita dor nessa região lombar. --- Falei passando a mão.

Priscila: Vou chamar um médico e ligar pra Dani. --- Assenti e ela saiu.

Deitei minha cabeça de volta na maca e de novo veio uma enxurrada de pensamentos, os flashbacks dele me socando e eu chorando pedindo pra parar.

Deixei umas lágrimas cai, e de repente o médico junto da Priscila entra no quarto, rapidamente enxuguei as mesmas e me ajeitei.

Médico: Boa tarde Ana, como está se sentindo?

Ana: Com os resultados de uma grande surra, mas estou bem. --- Pensei alto.

Ana: Com dores.

Médico: Em quais lugares?

Ana: No corpo todo, mas a região lombar está mais e também no olho direito, não sei, está latejando.

Médico: Por pouco você não deslocou a sua retina do olho Ana, por isso das dores, até alguns dias você vai está sentido um certo incômodo no olho, mas já receitei o colírio pra você. --- Assenti. --- E em questão das dores do corpo, você ja está medicada, mas ainda sim, mais tarde você vai fazer alguns exames pra ver melhor a situação.

Ana: Quando vou ter alta?

Médico: Não tão cedo, seu caso foi sério Ana, seu corpo está sobrecarregado, você estava inconsciente por um dia.

Ana: Posso tomar banho?

Médico: Você aguenta? --- Assenti. --- Então sim, vou chamar um enfermeira pra ajudar.

A enfermeira veio, me ajudou a levantar e fomos para o banheiro.

Tomei um banho, fiz um coque e voltei pra cama.

Priscila: Vou em casa, mas a dani vai vim, ta bom?

Ana: Nem precisa amor, eu tô bem.

Priscila: Acho que ela já está até chegando. --- Assenti e ela foi embora.

Peguei meu celular que estava no criado mudo e tinha alguma mensagens no WhatsApp e no Twitter.

Nem respondi, gente que eu nem conhecia vindo perguntar como eu estava, se não for curiosidade, eu não sei o que é.

A porta se abriu e a Dani entrou.

Dani: Oi meu amor, você está bem?

Ana: Oi, estou bem sim.

Dani: Perdão por não ter vindo antes.

Ana: Tudo bem, mas eai, cadê o Douglas?

Dani: Ele ficou lá, dá nem pra ele vim pra cá, veio naquele dia, mas voltou rapidinho.

Ana: Sei.

Dani: Ele tá puto com o Ret, até discutiu com ele lá, deu mó b.o.

Ana: Então ele não é o único.

Dani: Você quer conversar?

Ana: Sabe Dani, eu não tô triste, tipo, não sei, eu tô com raiva, ódio na verdade, porque ele não parou pra ouvir? sei lá, ele já chegou me batendo, será que não passou na cabeça dele em nenhum momento o que a gente viveu? Sério, não entra na minha cabeça, imagina a gente juntos, mesmo eu sendo mulher dele, ele iria fazer isso? Claro que em outra situação.

Dani: Olha Ana, ele é traficante, dono do morro, machista, e eu acho que tudo que envolve a facção , eles não tem pena, e essa questão foi bem complicada, porque nem eu sabia disso, soube por lá mesmo, então, eu acho que sim. Eu não conheço muito ele, mas eu sei que ele sempre foi fechado, grosso, eu nunca tinha visto ele com tanta raiva daquele jeito não, essas coisas transformam eles.

Ana: É como se a ficha ainda não tenha caído, não sei, é muito estranho pensar que eu me envolvi de um jeito tão intenso e agora eu estou aqui.

Dani: Pois é, e tem mais uma coisa.

Ana: Fala, pode falar.

Dani: Ele falou que não quer mais te ver no morro dele.

Ana: Isso aí ele pode ficar tranquilo, eu que não quero mais pisar lá, tô com nojo da cara dessa homem, nojo.

A gente ficou conversando até dá o horário de fazer os exames, depois eu comi e fui dormir.

Só precisamos de nós. {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora