Só precisamos de nós. {M}

capítulo trinta e quatro

Maratona cancelada.

Ret

Namoral, eu tava com raiva, eu sei que eu fui um vacilão com ela, mas como, nós nem tinha nada ainda mano, cobrar fidelidade num bagulho que nem é assumido? Aí é brincadeira.

Errei? Errei, pedi desculpas, fui atrás, tentei reatar, fiquei que nem um viadão atrás dela, ela fez o que? Porra nenhuma, aliás, fez doce, um bagulho que eu acho desnecessário, se quer ou se não quer fala logo porra, negócio de ficar com viadagem.

Se ela tá achando que eu vou ficar correndo atrás dela sempre, ela que vá tomar no cu, não sou dois papo não, se eu tô falando que eu quero só ela, eu quero só ela.

Vou nem render mais não, ela não quer assim? Então pronto, vai ficar assim, se ela quiser alguma coisa, ela que venha atrás.

Sai da casa dela ontem, só passei na boca mesmo pra falar com os menó sobre os plantão e fui pra casa, já era tarde e a cabeça tava cheia pra caralho.

Acordei com uma puta dor de cabeça, só taquei uma água gelada no corpo e acendi o primeiro do dia, meu café da manhã.

Vesti um short tactel preto e peguei uma regata.

Coloquei a regata no ombro, subi na moto e guiei pra boca.

No caminho vi a mandada subindo para o salão dela, nem me viu, tava entretida no celular.

Uma moto buzinou do lado dela, quase pula do susto.

Ri e neguei com a cabeça.

É toda retardada. 

Cheguei na boca e os cara já tava tudo lá.

DG: Chegou amor?

Ret: Tô lá ainda parceiro.

Nem rendo muito, o cara é todo viado, acho que não é nem ele que come a Dani, é ela que come ele.

PL: Brinca não, que o pai tá estressado.

DG: Não sei vocês, mas eu vou é matar quem tá me matando. - Se levantou da cadeira e foi saindo.

Me sentei na cadeira e fui separar as drogas pra abastecer as biqueiras.

PL: Binho e o Barão tá puto contigo, mandou um vapor mais cedo aí deixar umas parada tua, se liga? O menó nem do movimento é, se pá é até o asfalto.

Ret: E o que é? --- Ele apontou com a cabeça uma mochila debaixo da mesa.

Me levantei, peguei, abri e já me estressei logo.

Ret: Ele mandou um play vim deixar isso aqui? --- Ele assentiu. - Tô nem entendendo a desse viado não, vacilo da porra, e se o general pega isso aqui? Quem se fode sou eu.

PL: Papo reto, mas eles falou que tu chegou lá botando mó terror, socando a cara dos cara.

Ret: Quis crescer pro meu lado, ganhou logo o dele, soco até a tua se vinher com putaria.

PL: Papo feio é esse? Tô nem te entendendo.

Ret: Papo nenhum, mas deixa está, quem procura, acha.

PL: Nem quebra cabeça com isso mano, o que a gente menos precisa agora é ter a penha como rival, bagulho sem lógica isso, eles fortalecem pra caralho, assim como nós fortalece eles, então deixa quieto.

Só assenti e fui ganhar o meu.

DG voltou e a gente ficou por ali mesmo.

PL: Aí --- Mostrou uma foto de uma mina aí do morro de biquíni. --- Gata pra caralho mané.

Neguei com a cabeça, cara de rolo com a Priscila.

Ret: Gostosinha até, essa aí eu já amassei faz tempo.

PL: Papo reto? --- Assenti --- Perde tempo não né viado?

PL: Sábado vai ter uma socialzinha privada na casa do Tico, quem agita?

DG: Tô mec - Falou pesando as drogas e anotando os bagulhos lá.

PL: Qual foi? Tá viado mesmo viu.

DG: Sei bem como acaba essas brincadeira do Tico, e eu tô muito bem com a Dani, mandada tá surtando por tudo, aí é pica.

Ret: É um panda mesmo viu, vai chegar PL?

PL: Vou baitola.

Ret: Já é então, vou chegar na tia Vera.

PL: Vai lá, vou chegar só depois.

Saí da boca e os vapor tudo numa gastação só, rindo, batendo mó papo.

Ret: Qual foi? Tão na Disney? --- Falei parando do lado deles, se posturaram logo.

Xx: Foi mal patrão, foi mal.

Ret: Se liga aí vacilão. --- Dei um tapa na cabeça dele.

Subi na moto e guiei.

Entrei na pensão e fiz logo meu pedido.

Marquei um pouquinho ali, e logo a Gisely veio deixar.

Gisely: Oi Ret.

Ret: Eai.

Gisely: Tava sumido, fazia tempo que nós não se trombava por aí. --- Falou se debruçando na mesa.

Ret: Papo reto, mas desencosta aí namoral. --- Ela se ajeitou e ficou toda sem graça.

Vera: Gisely --- Gritou. --- Vem limpar o balcão.

Ela assentiu e saiu.

Terminei de comer e ela veio deixar a conta.

Ret: Deu quanto aí?

Gisely: 22,00 reais.

Ret: Já é. - Peguei a carteira e tirei o dinheiro, colocando em cima da mesa.

Ela meu deu um guardanapo, quando eu virei, tinha o número dela.

Limpei minha boca, amassei e joguei dentro no prato.

Ela me olhou bufando.

Pra puta que pariu, tô nem passando fome pra comer o resto dos outros.

Montei na moto e guiei pra boca.

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A ana rende para o Filipe ou dá um gelo nele?