capítulo trinta e três

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Ana

Ana: Aí gente, o papo tava bom, ótimo, na verdade, mas eu vou subir, podem continuar, não fazendo muito barulho tá bom.

DG: Tá mec aninha, boa noite.

PL: Fé aí Ana.

Dei um beijo nas meninas e subi.

Entrei no quarto, tomei um banho, vesti um babydoll rosa transparente, liguei o ar e me deitei.

Tava tudo perfeito, só faltava o sono.

Levantei, peguei meu celular e entrei no insta, rolei o feed, curti algumas coisas e comentei outras.

Ouvi duas batidas na porta, de início achei que era a Priscila, provável ela pedi pra dormir comigo.

Ana: Pode entrar. - Falei me sentando.

Ret: Posso bater um lero contigo? - Tomei um susto quando vi ele mas assenti.

Não tava esperando ele aqui não, mas ok.

Ret: Caralho, frio da porra. - Falou esfregando os braços.

Ana: Só consigo dormir assim.

Ret: Tá maluco, posso chegar aí na cama?

Ana: Toma um banho primeiro?

Ret: Caralho, pode crê, tá falando que eu tô sujo? - Falou fechando a cara.

Ana: Não, perdão - gargalhei baixo - Mas é que cê tava fumando, e meio que impregnou na sua roupa.

Ret: Já é então, marca 5 aí. - Assenti e ele foi para o banheiro.

Acho que ele ficou meio sentido
com a nossa última conversa, até pedir pra deitar na minha cama ele pediu, o ret em sã consciência jamais faria isso, ele chegaria deitando mesmo. 

Ele saiu do banheiro e eu peguei uma calça de moletom do Álvaro pra ele.

Ele olhou para a calça e olhou pra mim.

Ana: Antes que pergunte, é do Álvaro.

Ret: Ele vive aqui com você né? Tem mais roupa dele do que sua.

Ana: É, de vez em quando ele tá por aí. - Dei de ombros.

Ele olhou de rabo de olho e eu arqueei a sobrancelha.

Ret: Que foi pô?

Ana: Se adianta aí, queria falar o que?

Ret: Fala direito porra, tô na paz.

Ele sentou na cama e olhou para os meus seios na cara de pau.

Puxei a cobertas e me cobri.

Ret: Tava olhando não.

Ana: Uhum.

Ret: E nós fica como?

Ana: Primeiro que nem nós tem.

Ret: Claro que tem porra, tô amarradão em tu ana, para de doce cara, bagulho já tá chatão já.

Ana: Eu não tô de doce não mano, mas eu que não vou me permitir sofrer.

Ret: Que sofrer o que cara, se eu tiver só contigo já tá bom já.

Ana: Depois a gente conversa sobre isso, você tá bêbado.

Ret: Que bêbado o que Ana, tu sabe o jeito que eu fico quando tô bêbado, papo reto mermo, saudades de tu neguinha.

Falou e se jogou em cima de mim, beijou minha bochecha e foi descendo os beijos para o meu pescoço.

Ana: Para ret, para.

Eu sei que se ele continuasse, eu ia acabar cedendo.

Ele parou e se sentou.

Ret: Qual foi Ana?

Ana: Não sei não, eu não consigo confiar em ti.

Ret: O problema é o que? A Camila? Eu mando ela vazar do morro hoje mesmo.

Ana: O problema é você, você que não segura esse seu pau dentro das calças, esse é o problema.

Ret: Mas eu só quero tu cara, já falei isso.

Ana: Mas eu não acredito.

Ret: CARALHO Ana - falou esfregando o rosto. - Papo reto mano, eu só quero tu nessa porra, só vejo você, quero dormir e acordar contigo, se tu quiser, vamo fechar, só vai dá nós dois nessa porra aqui, agora se não quiser, vai pra casa do caralho também, vou ficar que nem viado atrás de tu não, que eu sei que é isso que tu quer.

ri sem humor, esse cara é inacreditável.

Ana: Eu não quero você atrás de mim que nem viado não.

Ret: E tu quer o que então?

Fiquei calada, sinceramente, eu não sei.

Ret: Fala porra.

Ret: Quer dar uma chance pra nós? Ou quer eu eu vá embora? Responde Ana.

Ana: Eu não sei porra, eu não sei.

Ret: E quem é que sabe então?  --- Ele inspirou e respirou. --- Olha nos meus olhos e fala que quer que eu te deixe em paz, que eu nunca mais nem olho na tua cara.

Fiquei calada.

Ret: Se decide porra, uma hora eu vou cansar, eu quando eu cansar, é desprezo na certa. 

Ele falou e saiu batendo a porta.

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Se bater essa meta ainda hoje, eu faço uma maratona hoje mesmo. 

Só precisamos de nós. {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora