capítulo dezoito

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Ana

Acordei com uma claridade enorme, tava literalmente quarando na cama, ret não fechou a janela ontem.

Tentei me levantar de uma vez mas meu cabelo tava preso, ret tava em cima dele, ódio.

Ana: aí, meu cabelo, sai, sai.

Ana: sai porra. - dei uma mãozada na bunda dele.

Ret: perai porra, vou sair, puta que pariu, sabe prender o cabelo a noite não? - falou se levantando.

Ana: foi você quem soltou ontem a noite animal, que horas são?

Ret pegou o celular no chão e bloqueou.

Ret: 12:00

Ana: eita, vou tomar banho.

Corri para o banheiro, tomei um banho, ret foi em seguida e depois descemos.

Quando a gente desceu, já estavam geral na mesa, manu tava na piscina com o Kauã, a mãe do filipe e umas tias dele tava na cozinha.

Filipe: Bom dia família, tem o que pra nós aí?

Falou mexendo nas panelas.

Fátima: o resto da ceia de ontem filho.

Filipe: coloca lá o nosso ana? - assenti e fui pegar os pratos.

Manu veio correndo da piscina e me abraçou.

Ana: oi princesa, dormiu bem? - ela negou

Manu: tava fazendo muito barulho no quarto da mamãe.

Gente, eu não sabia onde pôr minha cara nesse hora, fiquei tão sem graça.

Filipe caiu na risada e a Fátima repreendeu a manu.

Me sentei no sofá junto dele.

Ana: eu sabia que eles iam ouvir palhaço.

Filipe: se tu fizesse menos barulho, eles não ouviriam não.

Nem rendi, terminamos, eu fui pra cozinha e lavei a louça suja do almoço, acordei tarde já, o mínimo que eu tinha que fazer era isso.

Estavam todos na área da piscina, fui pra lá e fiquei batendo papo com a as mulheres.

Luiza: Mora no morro Ana?

Ana: moro sim, já tem uns 3 anos

Luiza: entendi, conheceu o filipe como? o bonito nunca apareceu com mulher.

Fátima: na verdade tinha uma, mas era toda estranha, falava com a gente não.

Ana: ele me tonteou por três anos até pegar meu número - olhei para o ret, que fez cara de cínico.

Xxx: meu primo de quatro por uma mulher?

Chegou um cara, muito gato por sinal.

Luiza: oi filho, tudo bem? - levantou e abraçou ele.

Xxx: bença mãe?

Luiza: Deus te abençoe.

Ele se sentou e falou com o Filipe

Xxx: eaí filipe, tudo na paz?

Filipe: fé - balançou a cabeça.

Já vi que não se batem.

Ele me olhou e me deu uma secada real, fiquei até sem graça.

Xxx: mas também, qualquer um ficaria de quatro por uma mulher dessa - falou e me olhou mais uma vez.

Filipe já ia se levantando, quando a Luiza arrastou o filho dela pra dentro.

Filipe: eu quero que ele venha com k.o para o meu lado hoje, que o 38 canta na cara dele.

Fátima: eu já mandei parar de falar essas coisas aqui, quer ser o ret que você é? Pois seja fora da minha casa.

Filipe: tá me expulsando mermo?

Fátima: não, não tô te expulsando não, só tô falando que aqui você é o Filipe e lá você é o ret.

Falou e saiu com a manu no braço.

Ana: quer ir embora?

Ret: você quer?

Ana: se você quiser, a gente vai

Ret: vamos então.

A gente subiu e fomos arrumar umas coisas.

A gente desceu e fomos falar com o povo

Filipe: vamo chegar, valeu aí mãe - falou e deu uma abraço nela de lado.

Fátima: fala direto moleque.

Ana: tchau dona Fátima, obrigada e desculpa qualquer coisa.

Fátima: que nada minha filha, volte sempre.

Manu: já vai ana? - falou chorosa

Me agachei na frente dela.

Ana: Já minha princesa, mas no ano novo eu venho te buscar tá bom? - ela assentiu, dei um beijo na testa dela e a gente foi.

Fomos até o carro, entramos e ele deu partida.

Filipe: tu tá ligado que se tu prometeu, ela vai cobrar até tu cumprir né?

Ana: tô, tu fala com a tua mãe pra ela deixar eu levar ela, viu? - ele assentiu

Ana: qual é a tua e a do teu primo?

Filipe: ele quer ser muita merda, é advogado ou uns caralhos aí e quer crescer pro meu lado, solta piadinha toda hora, tá ligada não? ele faz de tudo pra me atingir, tenho sangue de barata não, é como eu te falei, uma hora o 38 come.

Assenti e continuamos o caminho até o morro.

Chegamos, subimos a barreira e ele foi me deixar em casa.

Desci do carro e peguei minha bolsa.

Ret: vai fazer o que de noite?

Ana: não sei, capotar, talvez.

Ret: muito fraquinha mané - sorri e sai andando.

Ret: qual foi? é assim? dá nem o beijo no nego?

sorri e fui até a janela do carro e dei um selinho nele.

Ret: porra de selinho ana, beija direito.

Desceu do carro e me agarrou.

Beijei ele e me afastei.

Ana: estamos na rua ret, tchau - dei mais um selinho e entrei.

Entrei em casa e fui me adiantar.

Peguei minhas roupas sujas e coloquei na máquina, tomei um banho e fui comer alguma coisa.

Precisou nem de muito, liguei o ar, apaguei a luz e capotei.

Só precisamos de nós. {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora