Anthony Doyle
EU NÃO AGUENTO MAIS AVIÕES.
Eu já perdi a conta de quantos vôos que eu peguei nesses últimos dias, e aqui estou eu de novo indo pra Paris, pelo menos não sou eu que estou bancando e sim a Tali.
Acabamos ficando na fileira do meio de três lugares, e ela senta entre mim e um cara que aparenta ter a mesma idade que nós, e logo percebo que ele não para de olhar pras pernas dela, cara nojento. O avião decola e ela se levanta pra ir ao banheiro e logo que ela sai do o tal homem me chama.
- olá, é sua namorada ?.- pergunta e eu já prevejo o que essa conversa vai dar.
- não.- digo simplesmente e o tal cara sorri, pobre homem, vai mexer no vespeiro.
- caminho livre então, ela é uma gostosa né.- ele fala e eu só dou um sorriso que ele interpreta como um apoio, que dó...
Assim que Tali volta o homem começa a puxar papo com ela.
- sabia que você é muito bonita.- ouço ele falar, sério isso? Meu Deus a mulher é uma deusa, ele acha mesmo que ela não sabe?
- sei.- ela responde e eu me seguro pra não rir.
- certo... Ham, o que você faz da vida?.- ele pergunta e eu fico curioso em saber o que raios essa maluca vai responder.
- Não acho que seja isso que você quer, por que não vai direto ao ponto.- ela diz e pelo tom de sua voz consigo imaginar seu sorriso sacana.
- Que tal nós nos divertimos um pouco, sabe....- ele fala aos sussurros mas mesmo assim consigo ouvi-lo.
- que tipo de diversão.- ouço ela responder em sussurro também. Que merda ela está fazendo, penso comigo mesmo.
Fica na sua Anthony, você não deve se meter, se não ela vai dizer que você está com ciúmes e vai te atormenta pelo resto da vida.
- você sabe, a gente pode....- ele começa a falar mas não ouço o fim pois ele fala no ouvido dela e só ouço uma risadinha escapar dela enquanto ele fala. Ela deu uma risadinha ? É sério?
- Vamos fazer o seguinte, você vai na frente e depois eu vou ok?.- ela fala e eu engasgo com o suco que estava bebendo chamando sua atenção.
O homem se levanta e ela olha pra mim novamente, foda se, vou falar algo sim.
- O que você vai fazer?.- indago e seu sorriso se abre.
- Eu vou transar.- ela fala baixinho. E se levanta indo na mesma direção que o homem foi.
Não se passam dois minutos e ela volta com um sorriso enorme. Dois minutos não dá nem pra tirar a roupa, tem coisa ai. Decido ficar quieto e noto que o homem não volta mais pro lugar ao nosso lado, começo a estranhar quando a aeromoça aparece indicando o lugar ao nosso lado pra uma mulher de uns 40 e poucos anos, e logo depois o homem passa com um rosto pálido por nós e olha pra Tali que dá um thauzinho pra ele.
Ela apronto.
Meia hora se passa e noto que a senhora ao nosso lado pego no sono e decido ser a hora perfeita pra sanar minha curiosidade.
- O que você fez?- pergunto direto.
Ela que estava distraída lendo um livro para e me olha.
- Fiz o que?- pergunta, eu deveria saber que ela não ia facilitar.
- com o homem, o que aconteceu?.- falo arqueando uma sobrancelha.
- Aquilo... Bem.- começa a falar e fecha o livro que estava em suas mãos.- logo quando entramos eu vi uma aliança no seu dedo, porém assim que ele me notou tirou a aliança e guardou no bolso achando que eu não notaria, algum tempo depois, enquanto a aeromoça dava as instruções um contato com o nome gravado como “amor” mandou mensagem pra ele, ele respondeu ela e a chamou de “Vanessa”, guardei a informação na minha cabeça por que eu sabia que ele ia me chamar pro banheiro, homens podem ser muito previsíveis. Quando ele me chamou eu topei na hora, e aí que vem a parte engraçada.- da uma pausa e se aproxima mais de mim e começa a falar em um sussurro.- Eu adoro facas, e eu sempre ando com uma presa na minha perna, e assim que nós entramos no banheiro eu tirei a faca e coloquei pertinho do pau dele e disse que eu era uma assassina de aluguel e tinha vindo a mando de Vanessa pra dar uma aviso de que se ele não guardasse o passarinho dele na gaiola eu iria atrás dele.- ela fala e cai na risada.- você devia ter visto a cara dele de desespero, jurou que nunca mais iria trair ela e saiu correndo pra dizer pra aeromoça que estava passando mal pra ela colocar ele na frente.
Cristo a mulher é o cão.
- Ok eu tenho algumas perguntas, como você passou com uma faca pela alfândega ? E como sabe que ele não vai contar pra ninguém ?.- pergunto incrédulo.
- Bem, eu tenho credencial de colecionar de facas e adagas, então quando eu tenho que passar eu coloco ela na bolsa e volto a coloca lá na minha perna depois, nunca se sabe quando vai precisar esfaquear alguém.- fala mostrando a tal da credencial que ela tirou da carteira.- e quanto a segunda pergunta... pra contar ele tem que admitir que estava traindo a esposa no banheiro, e traidores são covardes, então ele vai ficar quietinho. E mesmo que ele conta- se, eu tenho um rostinho adoravel, ninguém acreditaria nele mesmo.- fala dando de ombros.
Arriscado? sim, Perspicaz? também.
- se ia fazer isso por que me disse que ia transar com ele?- pergunto.
- Por que eu odiaria perder a chance de ver sua cara de choque ao ouvir isso, é realmente adorável.- diz se preparando pra dormir.- espero que não esteja ficando com ciúmes, ou está?.- fala com aquela porra de sorriso filho da puta.
- Você adoraria isso não é?.- eu também não facilito as coisas a vezes.
- Eu amaria, é sempre bom ter um cara bonito apaixonado por você.- fala e só consigo rir de seu comentário.
Leon estava nos esperando no aeroporto com seu carro, e depois de abraçar Tali e analisar todos os pequenos ferimentos que ela tinha no rosto ele finalmente se convenceu de que estava tudo bem.
Particularmente eu tenho mais pena do outro cara depois do que eu vi hoje.
Leon nos guiou pelas ruas de Paris até um prédio grande que eles disseram ser de fachada pros escritórios da A.D.P.M, um prédio enorme que poderia de passar facilmente por um simples prédio de escritórios de advocacia, o ramo de fachada deles. Assim que entramos Leon nos leva até o último a andar onde os dois me informam que fica o escritório da diretora, “ A Chefe” como eles dizem.
Assim que as portas do elevador se abrem somos guiados até uma sala com as paredes brancas, e com vários móveis em tons pastéis decorando o ambiente, e no centro da sala uma mesa de madeira enorme com uma mulher sentada atrás dela, uma mulher ruiva que aparenta ter a mesma idade de Leon, a mulher que estava com ele naquele dia... Assim que me dou conta disso olho de soslaio pra Leon que não demonstra nada, tão silencioso que se não estivesse de pé eu acharia que estava morto.
A mulher se levanta e vem em nosso encontro, abraça Tali e de novo ela é analisada minuciosamente, eles sabem que ela é capaz de matar né ? Sem muito esforço inclusive. As duas parecem muito amigas, amigas antigas, e então ela desvia seu olhar pra mim...
- Ele é bonito Tali, você sem dúvida tem bom gosto.- fala me analisando.
- Não começa Dalila.- a fala vem de Tali.
- Perdão, meu nome é Dalila Collins, sou a chefe por aqui, e você é nosso mais novo recruta certo? Sr. Doyle.- fala e estende a mão pra mim que aceito.
- Isso mesmo senhora.- falo e ela me dirigi um sorriso doce.
- gostei dele.- diz se dirigindo a Tali.- Pode me chamar de Dalila.- fala voltando a se dirigir a mim.- e a propósito logo você vai receber uma ligação do seu chefe, ele vai te dizer pra abandonar o caso do Apolo e tirar alguns dias pra descansar, proteste um pouco pra não gerar desconfianças ok? E vocês 3 vão pra base no interior e fiquem por lá por enquanto, até termos alguma informação sobre Apolo e esse cara que identificou Tali não é seguro pra vocês ficar por ai.
- então vocês acreditam que ele tenha algo haver com o ataque?.- eu pergunto e Dalila assente.
- sim, e Lionel saiu da prisão, ninguém sabe como, desconfiamos que seja Apolo finalmente colocando suas asas de fora.- Dalila fala e olho pra Tali tem a feição tensa.
- Nós vamos pegá-lo, e eu vou enfiar uma bala no rabo dele.- Tali diz, e eu acredito.
______________________________________________
Pronto, cap entregue. Me digam o que estão achando da história ai
Votem e comentem pois não é só de visualização que vive a autora.
Bjss e até amanhã meus amores.
🦋
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pegue-me Se Puder
RomanceNão espere uma sinopse, histórias de espiões foram feitas para serem lidas no escuro.