~ Capítulo 6 ~

925 132 166
                                    

Tali Baker

Londres, Inglaterra

Meu pai era inglês, e minha mãe americana, os dois casaram ainda na faculdade quando ela veio estudar aqui, e na formatura da faculdade de medicina minha mãe anunciou pro meu pai que estava grávida mim.

Os dois se mudaram pro Estados Unidos logo depois pois minha mãe sentia saudades de casa, foi uma infância boa, e os dois se amavam muito, e aos 8 anos meu pai me trouxe pra conhecer meu tio, irmão mais velho do meu pai. Foi a última viagem que fizemos com a família completa, 6 meses depois ele morreu em um acidente depois de dormir no volante depois de um turno duplo no trabalho. Minha mãe então passou pelo inferno, viúva e com uma criança pra criar w um trabalho que ocupava metade do dia, ela acabou ficando doente e  vindo pra Londres quando meu tio que tinha se apegado a mim na viagem ofereceu ajuda pra cuidar de mim enquanto ela se tratava. Eu sabia que a doença da minha mãe não iria embora, era saudade, uma parte dela se foi e depois disso tudo nela começou a funcionar mal, por fim ela morreu 3 anos depois do meu pai. Meu tio pegou a minha guarda e cuidou de mim, e eu sempre pensei que mesmo tendo um final terrível o amor dos meus pais era o mais verdadeiro amor que existia, e eu teria imensa sorte se alguma sentisse metade do que eles sentiam um pelo.

E mesmo sendo de uma forma triste Londres se tornou tão importante pra mim que acabei por chamá-lo de o lugar da minha vida, a história, o tempo, tudo é tão... Apaixonante, que por diversas vezes saio pra andar como agora simplesmente pra aproveitar o ar da cidade.

Eu já estava caminhando fazia meia hora, e já estava começando a escurecer quando uma chuva leve começou a cair.

- Hora de voltar, chuvas em Londres são intensas.- digo falando comigo.

Volto a andar em direção a minha casa, decido não correr, afinal um banho de chuva as vezes é bom pra lavar a alma né?!

Quando estou a duas esquinas da minha casa a chuva começa a ficar mais forte gradualmente. Ok, banhos de chuvas são bons, mas resfriados não. Aperto o passo afim de chegar antes que a chuva fique realmente forte porém ela piora de súbito e acabo tendo que parar embaixo da uma tenda de um café, até que um homem de alto de sobretudo para ao meu lado e abre um guarda chuva em cima de mim.

- Olá Senhorita Tali, quanto tempo. - diz e só então me olha.

Reconheço sua voz na hora, e por um instante travo ao ver seu sorriso, só o vi uma vez, e ele estava com o rosto tão surpreso quando o meu provavelmente está agora. Porém logo me recomponho.

- Ora, ora, olá Sr Doyle. – digo e sorrio em sua direção. - Não esperava vê-lo tão cedo.

- Mas aqui estou eu, agora vamos, não podemos pegar Apolo estando resfriados.- diz já mais sério, porém com um ar tranquilo, estranho sua atitude pois imaginei que fosse querer dar o troco por Itália imediatamente... Mal concluo meu pensamento quando ele abraça meu ombro pra ficarmos embaixo do guarda chuva dele e começa a andar em direção a minha casa.

- Sabe onde eu moro?.- digo mas já imaginando que deve saber.

- Sim, estava indo pra lá quando te vi aqui, decidi dar uma trégua da vingança. – diz com os olhos focados na frente.

- Entendo...- digo e me calo, algum tempo passa e nós ficamos em silêncio até que ele o corta.

- Sem gracinhas? Simplesmente vai ficar quieta?. – fala com uma expressão um tanto quanto incrédula.

- Você disse que queria trégua não disse? Não fique tão alarmado Tony, só estou me comportando pra você não me largar na chuva, assim que chegarmos eu posso voltar a ser do jeito que você gosta.- digo sorrindo pra ele

- Quem disse que eu gosto?.

- Você veio até aqui só por uma vingança besta? Não, você veio por que estava curioso, e você vai falar que é pelo caso e blá, blá, blá. – falo e gesticulou.- mas você também veio por que ficou curioso em relação a minha adorável pessoa. – falo quebrando o choque anterior e voltando ao meu eu.
Ele balança a cabeça negando e por fim para e me olha sério.

- Escuta aqui, eu vim por que quero saber o que está acontecendo e pegar o Apolo, nada mais, não seja tão metida ok.

- Ah sim. – digo me aproximo ficando bem perto de seu rosto e ele engole seco. – então... Não fique tão nervoso. – falo e olho nos seus olhos, antes de recuar.- Vamos pra casa, você tem muitas perguntas e eu tenho que beber um bom vinho pra poder responder.

Ele assente e andamos o resto do caminho em silêncio. Sinto seus olhos em mim em alguns momentos, da mesma forma que talvez ele sinta os meus nele. Interessante...

Minha casa não é muito grande, no estilo inglês como todas da rua, logo que entramos eu indico a sala e o banheiro pra ele e subo pro segundo andar pra tirar as roupas molhadas. Decido vestir uma calça jeans justa com uma lavagem uma blusa moletom branca e pantufas nos pés. Quando volto ele está de pé de frente pra janela que dá pra rua, o vestido exatamente como um agente, o sobretudo, a calça social e a camisa... Muito bonito... E pelos relatórios que li de suas missões no FBI nos últimos dias, também muito inteligente.

- Então você me acha bonito. – diz e se vira, me pegando de surpresa, ele lê mentes agora?!

- O que disse?.- indago confusa, já é a terceira ou quarta vez que esse homem me deixa surpresa em menos de uma hora.

- O bilhete que você me deixou, você disse isso. E depois diz que eu que estava curioso não é.- fala arqueando uma sobrancelha e rindo da minha da minha cara, vou aprontar com ele.

- Isso... Bem, eu não nego minha curiosidade, mas ela é estritamente profissional, eu quero te recrutar.- digo indo pro bar no canto da sala. – aceita uma bebida ?

- Claro, eu sei que quer me recrutar, encontrei Leon. A propósito ele disse que vai passar mais duas semanas em Paris fora o combinado.- fala e noto que essa conversa deles foi mais de uma conversa, Leon deve ter simpatizado e é capaz de virarem melhores amigos agora, o que explica por que Leon não me falou que Anthony já estava vindo e explica o fato de Anthony saber exatamente onde eu moro.

- Tome, vou pegar o vinho, vamos na cozinha.- digo entregando o copo e andando pro próximo cômodo.- ele te contou tudo ?.

- Não, me falou que você contaria, e que mataria ele caso contasse. – e diz e se senta na banqueta que fica na ilha da minha cozinha e eu me sento de frente com o vinho e uma taça.

- Ele me conhece tão bem, certo eu vou te contar tudo.- digo e sirvo o vinho pra mim.- Gosta de história?

______________________________________________
Tá entregue, ontem eu disse que esse explicaria algumas coisas mas ele acabou ficando muito grande então separei em duas partes, talvez eu poste a segunda hoje, talvez não, sla kkkkkk

Votem e comentem pfvr, bjsss
🦋

Pegue-me Se Puder Onde histórias criam vida. Descubra agora