Rony dormira muito mal naquela noite. Sua mente fervia em pensamentos, e o sono fora ausente a noite inteira.
Quando o sol raiava lá fora, resolveu se levantar, não conseguia mais ficar na cama se revirando de um lado para o outro. Fez sua higiene pessoal, e desceu as escadas indo em direção a cozinha.
-Bom dia, mamãe. –falou desanimado.
-Bom dia, meu filho. Tão cedo de pé, ainda são sete da manhã. –falou a mãe, analisando bem a fundo o filho.
-Eu sei. Não consegui pregar o olho a noite inteira. –falou se jogando numa cadeira.
-Eu imagino. –falou triste por já saber do ocorrido com Hermione.
Molly sentou-se ao lado do filho e pegou em sua mão.
-Hermione vai perceber mais cedo ou mais tarde de que o que você mais desejava era esse filho e de que seria um ótimo pai. Ela sabe disso, mas a dor não a deixa pensar. –Molly terminou sorrindo, e Rony a abraçou.
-Obrigada, mamãe.
Molly se afastou do filho e olhou com carinho, vendo os olhos brilharem pelas lágrimas.
-Então... –mudou de assunto. –O que quer para o café?
-Não estou com fome.
-Nada disso, mocinho! –falou com seu tom autoritário tão famoso. –Filho meu tem que estar bem alimentado!
Disposta a animar o filho, Molly começou a mexer em suas panelas e preparar um café completo, para o seu caçula dos homens. Rony sorriu com o jeito da mãe, e agradeceu a Deus por tê-la ao seu lado.
Às dezesseis horas, Harry e Gina apareceram na Toca para acompanhar Rony até o hospital, e logo depois ao enterro de Rose. Mas Rony estava irredutível em ir ao hospital.
-Eu não quero escutar outra vez tudo o que ela me disse ontem. –respondeu mais uma vez a insistência de Gina.
-Talvez hoje possa ser diferente! –afirmou Gina.
Rony olhou para Harry procurando apoio, mas viu que ali não ia dar em nada. Então, vencido pela insistência, concordou em ir. Arrumou-se e logo seguiram até o hospital.
Hermione acordara muito pensativa naquela manhã. Agora sua mente fervilhava em contradições. Não sabia o que era certo ou o que era errado. Não via a hora de sair daquele lugar, daquela cama, que passara tantos dias. Queria voltar ao trabalho e esquecer essa fase ruim. Ter uma nova vida, sozinha. Isso era o que passava em sua mente.
Mas uma coisa a incomodava, para onde ir? Não queria retornar ao antigo apartamento, ali havia muitas lembranças e no momento não queria relembrá-las, tão presentes a seu ver. Com certeza, também não iria para a casa nova. Aquela, representa um futuro que não existe mais. Então um único lugar possível lhe veio à mente, ficaria na casa dos pais, lá poderia descansar e viver em paz por um tempo.
Mais a tardizinha, bateram na porta. Hermione não se importou, porque com certeza deveria ser uma enfermeira, já que não receberia visitas hoje.
-Posso entrar? –perguntou uma voz muito conhecida.
-Gina, o que faz aqui? –perguntou Hermione surpresa.
-Sei que não gostaria de receber visitas, mas não pude deixar de vir vê-la. –falou fechando a porta. –Como você está?
-Bem. –mentiu.
Gina a analisou.
-Veio sozinha? –a curiosidade falou mais alto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
I Need You (Romione)
RomanceRony e Hermione são casados e vivem uma vida a dois tranquila e cheia de paixão e desejo. Até que o assunto filhos vem a tona pela segunda vez, e dessa vez com uma resposta final. As situações que seguiram na vida do casal Granger-Weasley definiram...