ATRAVÉS DA ESPERANÇA - Kai Jong-in

~ Capítulo 12 ~

Ao meu despertar lento, da escuridão que os meus olhos fechados manejam...

Sinto uma espécie de gota gelada, cair contra minha bochecha…Primeiro um pingo, logo depois mais um. Que desta vez foi contra a minha testa, sendo que este foi mais forte que o primeiro...fazendo assim eu abrir meus olhos.

Por incrível que pareça eu estava na deitado no meio de uma estrada, escura e vazia. Onde eu não conseguia enxergar o início ou o fim daquela estrada inócua.

Vou me sentando aos poucos naquele asfalto, minha perna esquerda doía muito!

Eu não sabia o que deveria fazer, apenas sentia que era para andar...apenas...andar!

Não sei em que direção, não sei para onde..., mas era para seguir, não ficar ali parado!

Vou tentando ficar de pé, mas...minha perna não suporta meu peso e acabo caindo novamente contra o chão…a única opção era se arrastar!

Mas para que lado?

“Isso não importa! ”

O que?

“Não importa, apenas saia daí! ”

Comecei então a obedecer aquela voz interior, fui seguindo para mais fundo daquele local desconhecido....

Então assim, começa a cair várias gostas de água contra o asfalto…estava chovendo! Chovendo? Como assim?

Porque estou a me preocupar com isto?

“Apenas foque Luis! Apenas foque...”

A chuva era leve e eficaz, não me incomodava, até que comecei a sentir muito frio.

“Não tire seu foco Luis! Continue...”

Dizem que as crianças não têm noção do que está acontecendo em sua volta, de certo lado tem um pouco de razão..., mas...meu interior tem que amadurecer estes dias. Nossas condições são bem precárias!

Não posso fazer tantas brincadeiras quanto o esperado daqueles em minha volta....

Apenas quero....

Quero ir para casa!

♤

Acordo com espanto, minha respiração estava ofegante e meus batimentos apressados, por conta daquele pesadelo que acabei de ter. Eu estava deitado em uma poltrona do avião...meu olhar estava em direção a janela, que estava um pouco quebrada...e assim dando visão para o mar, que estava calmo e iluminado pela luz do sol. Ainda estava coberto pelo lençol que o Kai conseguiu encontrar...aquele ambiente estava aconchegante e agradável...se não fosse por esta dor de cabeça insuportável que estou sentindo.

Pelo o que me recordo...Mateus não se lembra de minha pessoa. COMO ELE TEM A AUDÁCIA DE ME ESQUECER? Eu pensei que era importante para ele!

Ok! Tudo bem, vou parar com este drama!

Sinto que uma mão vai tentando encostar em minha testa, assim em um reflexo seguro, virando assim meu olhar para o lado. Não deu nem tempo de analisar quem era por conta da minha visão embaçada, apenas percebi que o olhar desta pessoa está assustado, nossos narizes estavam colados um contra o outro e nossos lábios estavam...PRESTES A TOCAR??? SAI! SAI! SAI! Automaticamente, como um sistema de defesa, minha mão dá um tapa na cara do mesmo