~Capítulo 48~

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Ainda forçando para que meus olhos continuassem fechados, sentindo o toque daquela pele fria e úmida. Tentei levar o meu pensamento a outro mundo, no qual eu estava tentando fugir de seja lá o que isto for. Apenas desejo que suma logo de minha mente e pare de me atormentar!

S/n?”

Esta voz, tia Gyrlei! A voz da minha salvação, pois quando ela falou isto, senti aquela áurea pesada se desmanchar lentamente e aqueles toques frios, se distanciar. A porta vai rangendo para abrir. Antes, o que eu poderia sentir medo, desta vez era o som da minha liberdade, deste pouco e momentâneo pesadelo acordada que tive!

Finalmente tenho coragem de abrir meus olhos, virando-me diretamente até a porta. Vejo então tia Gyrlei!

- Já pegou o que deveria pegar? –Ainda tentando controlar minha respiração, aceno que sim com a cabeça, respondendo assim minha tia. – Olha o que encontrei nesta casa.

- O que? – Pergunto intrigada. Logo, a mesma vai entrando, encostando a porta. Percebo então, quando analiso cada detalhe da mesma, que ela estava segurando uma foto em sua mão direita.

- Você conhece este homem? – Ela estende a foto, no qual a foto havia um homem, que não era meu pai, e minha mãe. Eles estavam abraçados, dando um beijo apaixonado, onde atrás deles havia uma cachoeira.

- Não- Afirmei- minha mãe já esteve com outra pessoa?

- Pelo o que todos da família sabe, seu pai foi o único que ela conheceu, ficou, namorou e se casou.

- Aonde estava isto?

- Dentro de uma porta retrato, no qual havia sua foto criança. Eu iria pegar para levar para casa. Só que derrubei no chão sem querer, ele quebrou e...encontrei isto!

-Então minha mãe tinha um amante?

- O que? Não...minha irmã jamais...- Pego a foto e vou virando para ver se havia algo atrás escrito.

Montanhas ensolaradas – dezembro de 2004.

- Um ano antes de eu nascer.

- Deixe-me ver isto! – Minha tia pega novamente e começa a olhar desacreditada. – Em que mês você nasceu?

- Setembro. – Foi aí que a minha ficha caiu, nós duas nos olhamos bastantes espantadas e desacreditadas com aquilo que estávamos a ver.- Isso...não pode ser.

- Ah! Pela santa Maria! O que você fez Amanda? – Minha tia vai se sentando em minha cama, passando a sua mão em sua testa, demonstrando estar um pouco desapontada e surpresa...

-Então...Bruno não é meu pai? – Aperto meus punhos, enquanto encarava minha tia.

ATRAVÉS DA ESPERANÇA - Kai Jong-inOnde histórias criam vida. Descubra agora