ATRAVÉS DA ESPERANÇA - Kai Jong-in

~ Capítulo 27 ~

(Escute “Harry Styles – Falling” coloque seus fones para ter uma experiência melhor!)

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Kai: Então deixa eu ver se entendi, vocês estavam apenas indo jogar uno e assim ele caiu por cima de você. – Luis estava sentado no chão, juntando as cartas uma a uma...eu estava em pé ao seu lado, minha mochila não estava mais em minhas costas, pois meus músculos estavam a doer, andei e andei por bastante tempo hoje...Além de tudo, já estava a noite. Mateus falou que iria tentar acender a fogueira, enquanto eu e meu irmão conversamos. A luz que nos iluminava, era a luz da lua, a luz da noite...

Luis: Hurum...- Estou confuso com tudo isto, será que ele está mentindo para mim? O pior era que o Luis estava de cara fechada, como se eu tivesse feito algo de errado com o mesmo, como se eu estivesse atrapalhando algo aqui ou talvez tenha atrapalhado. 

Kai: Vocês sabem que são apenas crianças, não é?

Luis: Como? – Ele desvia seu olhar para mim, eu conhecia aquele olhar, ele estava pronto para me atacar caso eu falasse alguma besteira. Respiro fundo, assim abaixando a minha cabeça.

Kai: O que realmente estava acontecendo aqui Luis?

Luis: Já falei! O que acha que a gente estava fazendo aqui?

Kai: Se não era nada, o que foi dessa sua cara?- levanto meu olhar.

Luis: Cara? - Ele dá um sorriso debochado - Que cara? Eu estou normal. – Ele volta seu olhar para as cartas em sua mão- Você que está vendo coisa onde não tem.

Kai: Essa sua cara…eu te conheço Luis!

Luis: Não sei do que está falando. - Ele vai se apoiando naquele galho forte que encontrei, para poder se levantar, logo assim ficando de pé pela primeira vez sozinho. Eu estava em estado de alerta para saber se ele conseguiria realmente se locomover sozinho.

Kai: Não está feliz por eu ter trazido algo que possa servir como sua muleta?

Luis: Obrigado por ter encontrado...irmãozão - ele fala em um tom de deboche. O mesmo vai se direcionando após a cortina. Eu com minhas mãos escondidas em meus bolsos vou o seguindo.

Kai: Encontrei uma garota na floresta hoje...

Luis: Hurum.- Mordo meu lábio inferior, logo assim o encarnando com um olhar duvidoso, enquanto o mesmo guardava aquelas cartas na bagagem que estávamos a usar.

Kai: Você está pelo menos me escutando?

Luis: Estou! – Reviro meu olhar.

Kai: Qual foi da sua Luis? - Ergo meus ombros mostrando um pouco de autoridade- Eu me levantei cedo que só para poder encontrar mais comida ou até ajuda para a gente.

Luis: E pelo jeito essa garota não podia ajudar tanto, não é? - Ele fecha a mala e assim vai se levantando, virando de frente para mim- Porque pelo o que estou vendo...ainda estamos presos nesta ilha!

Kai: O que aconteceu com você?

Luis: COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE MENTIR PARA O MATEUS? – Pisco, assim regredindo um passo.

Kai: Eu tive que fazer aquilo...

Luis: Porque Kai? Olha aonde estamos! Em que condições estamos! PORQUE TINHA QUE MEN- o interrompo

Kai: POR QUE ELE É APENAS UMA CRIANÇA! Eu não quero chegar nele e dizer “Ah! Mateus! Quando a gente ser resgatado você vai ser levado para um orfanato, onde você vai ser levado para uma família desconhecida, pois seus pais provavelmente estão MORTOS! ” – Quando caio em mim, vejo que o Luis me encarava com um olhar incrédulo, logo algumas lágrimas escapavam de seu rosto. – Luis...desculpa...eu não queria gritar com você. É porquê...eu...- Solto um suspiro fundo, passando assim minhas mãos em meu cabelo.

Luis: Existem coisas que devem ser reveladas Kai...a mentira neste momento é a pior coisa que pode acontecer. Ainda mais para a situação dele, imagina se você estivesse no lugar dele. Como você ficaria ao saber que criou esperanças falsas? – Eu não o respondi, então Luis foi passando por mim, ele abre a cortina, logo assim me deixando sozinho com meus pensamentos. – Mateus? – Escuto ele gritar enquanto seus passos vão distanciando. Sem pensar duas vezes, deixo aquele local, logo assim me guiando em direção a iluminação da fogueira, que estava do lado de fora. - Mateus sumiu. – Me espanto aquele comentário de Luis, logo vejo que existiam pegadas na areia, que levavam em direção a floresta totalmente escura.

Kai: Porra...MATEUS! - Pego um pedaço de madeira em chamas e logo saio correndo em direção a aqueles passos. – MATEUS! - Grito enquanto continuava a correr, sem saber a certo aonde eu estava me metendo...sem saber o que eu iria encontrar, apenas...estava preocupado com aquele menino inocente...droga! Porque? Porque ele fugiu? Não pense nisso agora Kai! Sigo correndo tirando todos esses obstáculos em sua frente. - MATEUS! AONDE VOCÊ ESTÁ? – Minha respiração estava ofegante...até que um vento forte passa por mim, assim apagando aquela minha tocha...logo fazendo com que eu ficasse em escuridão por completo. Droga…- MATEUS! Aonde você…- abaixo minha cabeça, logo assim sentindo o peso da culpa- aonde você se meteu?...- Começo a sentir…um pingo em meu cabelo, levanto meu olhar para aquele céu estrelado e então percebo que aos poucos uma chuva leve vai caindo do céu...- Mateus...Por favor... – Respiro fundo, apenas fechando os meus olhos...droga, eu não....não consegui impedir dele se perder? Droga...
Começo a chorar ali mesmo, um choro silencioso. Porque eu tomo essas decisões? Porque? Eu estava só tentando ajudar...eu estava só tentando....

Então logo escuto, além das gotas de água contra aquela areia e as folhas das árvores, um choro de uma criança, era baixo e sutil…sem dúvidas algumas, vou seguindo, assim...encontrando o Mateus... vejo seu rosto sendo iluminado pela lua e as estrelas, logo ele estava choramingando enquanto observava um vagalume pousado em seu dedo...

Mateus: Eu queria me lembrar...

Kai: Mateus? …- O mesmo nem faz muito esforço para olhar em minha direção, percebo que ele vai enxugando suas lágrimas.

Mateus: Eles estão realmente mortos?

Kai: Eu...-então ele ouviu...- Não sei te dizer. – Desta vez fui sincero. – Vamos voltar? Por favor?...- O vagalume de sua mão sai voando em direção ao céu...

Mateus: Posso te perguntar uma coisa Kai?

Kai: Claro...

Mateus: Foi tão difícil me contar a verdade? - Eu…não o respondo, apenas aperto meus punhos. – Sou uma criança que conheço meus atos...se quer que eu confie em você, confie em mim primeiro.