ATRAVÉS DA ESPERANÇA - Kai Jong-in

~ Capítulo 52~

(Escute Take on me – Version Ellie)

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“Eu fiz o que ele havia pedido a mim, mandei aquela foto. Frente e verso. Para que aquela memória não se perdesse. Taehyung não me respondeu coisa alguma depois que enviei, o mais estranho nem foi este fato, foi simplesmente que ele ficou offline o dia todo. Sem se quer dar um sinal de vida....

Isto foi um pouco preocupante, porém minha tia conseguiu me acalmar. Falou que ele estava resolvendo as coisas para a viagem, no qual a tia Gyrlei e o professor Namjoon estavam muito animados com isto.

Ela até ficou falando no telefone com ele, horas e horas durante a viagem de carro que nos levaria de volta para casa.

É incrível ver como ela não deixava o amor se apagar tão fácil assim, para mim o amor é algo difícil de demonstrar, quer dizer, sentimentos são difíceis. Acho que até para a pessoa espontânea e divertida, deve ser algo complicado. Imagina para uma pessoa tímida e que ela se isola de si mesma...o quão difícil deve ser.

Bom, o amor ainda vive em mim, só que este amor pode ter trapaças envolvidas, pode ter consequências inesperadas, ele me machuca. Me machuca tanto que eu as vezes apenas aceito, mesmo que doa, só que me acostumei com isto...

Triste? Talvez...

Não quero que as pessoas tenham dó de mim se um dia possivelmente ler estas coisas que escrevo para mim mesma. Quero apenas que olhem em sua volta, que tenham empatia pelo o outro, que não julguem pelo o que não podem ver, que tentem sentir algo que não pude aproveitar...

Desejo ao mundo que tenha mais pessoas para ajudar seres iguais a mim. Seres que pedem por ajuda ao silencio, seres que a noite abraça, seres no qual o vento é o seu conselheiro…ajudem estes seres....

Será que ainda há esperança? Para mim? Não sei...

A esperança é um caminho de tantas coisas, tantos labirintos, paredes...a esperança...não consigo definir isto.

Porém, é através da esperança que você consegue se sentir livre, consegue sentir um alívio...uma paz! Isto! Sim...esperança representa a paz.

(Mas, conquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como, e dói não sei porquê. - Luís de Camões)

Quando voltamos, era noite, as estrelas estavam brilhantes e.…bom...não sei explicar, não sei descrever. Porém já pensou na imensidão do universo? Ele pode ser algo tão infinito quanto um círculo. Se tivesse um fim? Se o universo tivesse um fim acho que isto iria abalar muitas pessoas, eu sou uma por acaso.

Paramos em frente à minha casa e.…”

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- Pegou tudo querida? – Fala a minha tia ainda ao telefone, logo estacionando aquele automóvel.

- Sim, estou com tudo aqui! Foto, teclado...tudo! – Ela acena que sim com a cabeça como resposta.

-Vou ter que desligar Namjoon, acabamos de chegar em casa. - Ela fica um tempo em silencio, logo dando um sorriso bobo. – Está certo! Tchau, nos vemos amanhã! - Ela desliga seu celular, logo guardando consigo. – Namjoon mandou um abraço para você.

- Hum...- esta foi minha resposta. Logo assim vamos saindo do carro, segurando as nossas coisas, olho para a porta de entrada e...- Aquilo é uma caixa de transporte para animal? – Minha tia me encara confusa, logo apertando o botão para trancar o carro. Vou passado pela cerca e me aproximando daquilo. Começo então a escutar uns miados.  Em cima da caixa, havia um bilhete colado. Peguei com cuidado e fui ler...

“Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar. - Machado de Assis, Ressurreição”

- O que tem aí? – Perguntou a minha tia abrindo a porta. Vou me agachando logo abrindo aquela pequena grade da caixa. Avisto então um gato filhote, ele era preto com amarelo e branco. Seus olhos eram castanhos, tinha uma tigela de água ali do seu ladinho e por fim duas embalagens com carne para gato. Usava uma coleira preta com alguns “espinhos” de metal. Como se fosse aquelas pulseiras de quem gosta de rock e este estilo gótico.

-Um gato. - Afirmei

- Um gato? –Ela pergunta intrigada. Aquele animal se aproxima de mim lentamente, o mesmo se estica e logo vai se apoiando em suas patas traseiras, segurando em minhas bochechas com suas patinhas da frente bem macias, aquele gatinho vai encostando a ponta do seu focinho contra a ponta do meu nariz. “Miuu” foi o que ele disse, como se eu pudesse entender algo.  Meus olhos estavam arregalados, senti então algo que não sentia faz tempo...meu coração...ele se aqueceu e isto fez com que eu desse um pequenino sorriso. Taehyung e suas pequeninas surpresas...