~ Capítulo 47~

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Luis estava sentado ao chão, enquanto aquela senhora, que provável era a “curandeira”, assim dizer, deste local usava de ervas medicinais para tratar de sua perna.

Mateus então, estava ao seu lado segurando assim a sua mão, para demonstrar um certo apoio e preocupação, pois parecia que as vezes por conta de ficar mexendo em algo que provavelmente está inflamado, deveria doer tanto que o Luis não conseguiria explicar. Para conter aquela aflição que Luis sentia, ou ele apertava a mão de Mateus ou mordia o seu próprio dedo.

Cuidar de algo sem anestesia é muito complicado. Pois a anestesia além de evitar a dor e o sofrimento durante uma cirurgia médica, ela ajuda também a garantir o bem-estar, relaxamento e conforto do paciente.

Só que aqui estávamos longe de qualquer coisa que assim fosse, tudo isto é a céu aberto, assim digamos. No qual eles dependem totalmente da natureza e a natureza depende dos cuidados deles, claro que em seu limite. Tudo tem que ter o seu limite, não importa o que, tudo possui uma faixa por onde você não deve ultrapassar.

Até em consumo de excesso de água, provavelmente te prejudicará! Por isto temos que tomar cuidado com o que seja!

Desconhecida: Pronto! Você ficará bem!

Luis: Oh glória! Tava quase desmaiando aqui moça! – A mulher sorri para Luis, logo ela tira de sua bolsa feita de palha, uma planta no qual suas folhas eram da cor roxa. - O que é isto?

Desconhecida: Esta planta vai fazer com que você tenha uma regeneração mais rápida! – Ela estende até Luis, o mesmo desconfia apertando um pouco seus olhos.

Luis: Quero não!

Mateus: Vai ficar tudo bem Luis! – Luis arqueia uma de suas sobrancelhas.

Desconhecido: Escute seu amigo, isso fará muito bem para ti!

Kai: Isso não tem nenhum efeito colateral? – Perguntei me aproximando um pouco.

Desconhecida: Apenas ilusões...

Luis: VOCÊ QUER ME DROGAR? Eu quero não moça, obrigado...entenda isto!

Desconhecida: Quando você toma remédios na cidade grande, também está se “drogando”, só não exagerar no consumo de folhagens e tudo ficará bem!

Kai: Quantas ele tem que tomar?

Desconhecida: Duas, apenas.

Luis: Mas assim? A seco? Não quero não.

Mateus: Luis...

Luis: Qual foi Mateus? Pelo menos tinha que ter uma aguinha, um suquinho! Mas já que não tem nada para acompanhar, eu não consumo! – O mesmo cruza seus braços, enquanto eu solto um suspiro longo.

Kai: Obrigado senhora. – Vou pegando a planta. – Ele irá tomar sim!

Luis: EU NÃO VOU NÃO! RESPEITE MEU NÃO! – A mulher solta uma risada baixa.

Desconhecida: Ele é uma graça!

Kai: Diria uma peça! – Retribuo seu sorriso. – Obrigado novamente!

Desconhecida: Meu jovem, posso falar com você?

Kai: Comigo? Ah! Claro! – Me viro para o Mateus e entrego aquela planta. – Consegue fazer ele tomar?

Mateus: Vou tentar.- O mesmo dá um sorriso meio desanimado.

Luis: Ih! Você que lute, porque esse troço eu não tomo!! – Ele vira a sua cara emburrada, dou um leve sorriso de lado. Logo eu e aquela senhora caminhamos juntos até um canto da oca, no qual era meio distante desses dois.

Desconhecida: Kai, é seu nome, certo? – Ela junta suas mãos, no qual desta vez me encarava meio preocupada.

Kai: Sim...porquê? – Perguntei curioso.

Desconhecida: Preciso que você entenda uma coisa. – Ela falava em tom gentilmente- A Jeyse, ela está passando por bastante coisa nova, ela completou dezesseis anos agora, então ela está totalmente desnorteada no que o tuba dela deseja.

Kai: Espera...eu não estou entendendo! – Tomo um susto quando ela me surpreende segurando em minhas mãos até as apertando um pouco.

Desconhecida: Ela precisa de você neste momento, só você pode ajuda-la! - A mesma começa a apressar sua fala- Tente compreender o lado dela, tente descobrir o que ela realmente está passando. Só não lhe conto a história toda, pois não tenho muito tempo. Mas querido, que o Sumé lhe dê sabedoria de como lidar com este momento e...- ela é interrompida.

Voz de um homem: Ai garoto! – Viro meu olhar mais confuso do que eu já estava. Avisto um homem de pele parda, barba castanha e pinturas em seu rosto e braços. No qual sua voz soava que nem um trovão! – Acabou o tempo. Venha conosco!

ATRAVÉS DA ESPERANÇA - Kai Jong-inOnde histórias criam vida. Descubra agora