O dirigente que me amava

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⚠Alerta de gatilho⚠

| Esse capítulo contém descrição de tortura e palavrões. Se não gosta, pode pular |

Capítulo 2: O dirigente que me amava.

Depois de passar algumas horas perdida entre pensamentos e memórias antigas, eu finalmente consegui me lembrar o que tinha acontecido. O motivo do meu pânico na noite anterior.

Dazai.

Eu tinha recebido ordens de ir a um bar para conversar com um homem importante que tinha oferecido uma quantidade considerável de grana.

A Máfia oferecia certos serviços a alguns políticos as vezes. E em troca, eles faziam vista grossa para nossas ações.

Assim que eu cheguei ao endereço imediatamente percebi que era naquele bar que o Dazai se encontrava com 2 amigos antigamente. Era sempre aqui, nos sábados que ele se reunia com Ango e Odasaku, seus grandes amigos da época.

Pensou que não havia mais motivo dele continuar indo lá, afinal o Ango havia saído da Máfia, e ele também. E o pobre Odasaku... Foi assassinado.

Foi instantâneo na verdade. Logo depois que o Odasaku morreu, Dazai deixou a Máfia do porto.

E eu nunca mais vi ele.

Eu entrei no estabelecimento, mas não passei do corredor.

Ele... ELE ESTAVA LÁ?!

MAS QUE DIABOS?!

Eu o obserservei de longe, ele estava totalmente mudado. Agora usava um sobretudo nude ao invés do terno preto extravagante que ele usava na época da Máfia. Ele não tinha mais bandagens no rosto, mas elas ainda estavam presentes nos braços, no pescoço... Ele não escondia elas, na verdade, eu sempre suspeitei que elas trouxessem algum tipo de orgulho pra ele.

Ele estava de cabeça baixa encarando o copo, mexendo no cristal dentro da bebida dele com o dedo indicador, sem fazer menção de beber.

Eu não tive coragem de entrar e falar com ele. E então eu fugi.

Ver ele me fez disparar um gatilho, me fez relembrar de coisas ruins. Me fez relembrar do dia em que ele me achou bêbada do lado de fora do meu quarto, há 8 anos atrás.

8 anos... Foram tempos estranhos.

Fui tirada dos meus devaneios com uma batida violenta na porta, seguida de uma voz:

— OH PORRA, PRETENDE FICAR DORMINDO ATÉ AMANHÃ?

Chuuya.

É claro, eu deveria ter falado com ele.

— PARA DE GRITAR! IDIOTA!

Me levantei de uma vez da minha cama, esquecendo brevemente da minha dor e dando lugar para irritação.

Abri a porta bruscamente, encarando o ruivo como se isso pudesse fazê-lo sumir da minha frente.

Abri a porta bruscamente, encarando o ruivo como se isso pudesse fazê-lo sumir da minha frente

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𝐋𝐞𝐭 𝐠𝐨 - 𝐎𝐬𝐚𝐦𝐮 𝐃𝐚𝐳𝐚𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora