Finally Awake

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Quando eu acordei do que pareceu ser um sonho, meu coração martelava com tanta força em meu peito que eu senti como se ele fosse explodir.

Minha cabeça doía, e meus pensamentos estavam em total desordem. Existia caos dentro de mim.

Afundei meu rosto em meu amado, me recusando a soltá-lo mesmo que Yosano tenha me pedido um milhão de vezes. Ele era meu ponto seguro e eu não tinha nada mais a temer em seus braços.

Quando finalmente me acalmei, o choque elétrico da dúvida atravessou minha mente. Era só um sonho, só um sonho.

Eu o abracei novamente, apoiando meu queixo em seu ombro. Cheirei seu cabelo e o segurei firme, sentindo uma lufada intoxicante do seu perfume... Lírios.

Abri os olhos, sorrindo cada vez mais a medida que seu perfume enevoava minha mente. Mas, ao encarar a parede na tentativa de esconder meu sorriso bobo, senti minhas mãos gelarem.

As paredes tinham cores muito distintas, o que era incomum para um hospital mas...

Verde, vermelho, azul.

Meu pai...

— Não pode ser — sussurrei para mim mesma, tomando cuidado para que ninguém ouvisse.

Soltei Dazai imediatamente, me levantando para olhar a parede mais depressa.

Ouvi, ao longe, Yosano me pedindo para deitar novamente, mas ignorei totalmente.

As cores não somente eram as que meu pai me disse no sonho, mas também estavam precisamente postas na ordem que ele havia dito.

No topo, uma enorme listra verde tomava toda a extensão da parede. Logo abaixo, uma listra vermelha e no final uma listra azul.

Não pode ser. Não... Seria isso apenas uma grande coincidência? Não. Seria coincidência demais.

Mas... Como isso é possível?

— Linda? — ouvi Dazai me chamando.

Me virei assustada em sua direção, ele deveria estar me chamando por um bom tempo.

— Está tudo...

— Não é nada! — o interrompi nervosa.

Desviei o olhar para a cama. Era óbvio que eu estava mentindo, assim como era óbvio que ele perceberia, isso se já não tivesse percebido.

Respirei fundo. Ele estava preocupado comigo.

Olhei de relance para Yosano.

Todos estavam preocupados comigo.

Caminhei até Yosano, parando em sua frente e esfregando um pé no outro, incomodada por estar descalça em um chão frio.

— Sinto muito, Yosano — me curvei, pedindo as mais sinceras desculpas. — Eu tenho dado muito trabalho para você ultimamente.

Ela deu dois tapinhas na minha cabeça, dando uma risada fraca.

— Tudo bem. Você fez um grande trabalho ontem, e salvou várias vidas quando poderia simplesmente ter fugido ou... — ela olhou para o outro lado, mostrando um paciente desacordado em outra cama. — Matado eles sem motivação real.

Curvei minha cabeça, vendo Chuuya dormindo como um bebê.

Corri até ele, mas Yosano segurou minha mão e pediu para que eu o deixasse descansar.

Concordei com a cabeça. Pelo menos ele estava vivo.

Dazai se aproximou, se curvando levemente na minha direção.

𝐋𝐞𝐭 𝐠𝐨 - 𝐎𝐬𝐚𝐦𝐮 𝐃𝐚𝐳𝐚𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora