𝐋𝐞𝐭 𝐠𝐨 - 𝐎𝐬𝐚𝐦𝐮 𝐃𝐚𝐳𝐚𝐢

War of Love

I can't help but love you
Even though I try not to
I can't help but want you
I know that I'd die without you
[...]

Desde que anunciamos abertamente o nosso noivado, minha vida se tornou turbulenta como um furacão.

As próximas semanas foram uma loucura, visitando possíveis lugares para a cerimônia, indo em joalherias, lojas chiques que eu nunca, nunca teria condições de pagar se não fosse por Chuuya, que me mimou como se eu fosse uma criança.

Chuuya realmente estava pagando tudo que dizia respeito a mim, acessórios, perfumes, um spa chique e até mesmo o meu vestido de noiva!

Eu obviamente não aceitei no começo. Falei que ele não era meu pai e que Dazai e eu poderíamos pagar por tudo. Não seria nada grandioso, afinal grandiosidade não combinava com nenhum de nós. Mas o ruivo simplesmente cruzou os braços e me mandou calar a boca.

Muito típico.

Depois de semanas de pura agitação, marcamos uma data.

Tudo estava acertado. O local da cerimônia, o local da festa, a decoração, os convidados... Até mesmo a lua de mel já estava acertada. Vamos para Londres! Isso era inimaginável para mim, a garota simples que nunca saiu de Yokohama.

Com apenas cinco dias antes do casamento, Dazai estava fora de si. Ele quebrava copos com frequência, digitava coisas erradas e até mesmo acabava tropeçando nos próprios pés.

Vê-lo tão nervoso era fofo e engraçado ao mesmo tempo. Eu, por outro lado, estava centralizada no trabalho.

Era a única maneira de fingir que eu não estava tão louca quanto ele.

Kunikida não perdia uma chance de rir da situação, aproveitando sua pequena vingança por tantas noites mal dormidas por conta de Dazai. Eles brigavam como duas crianças, mas dava pra ver nos olhos do loiro que ele estava feliz pelo amigo.

E agora... Finalmente... Um dia antes do grande dia...

Estávamos ambos na cama, deitados de costas um para o outro. Nenhum de nós estava dormindo, mas estávamos decididos a tentar.

Depois de quase uma hora sem pregar o olho, me sentei na cama, olhando para Dazai. Eu apertei seus ombros, e ele se virou com os mesmos olhar que estava antes de deitar. Atento, e até meio nervoso. Não havia um sinal sequer de sono.

Sorri para o meu noivo, tirando  cabelo de seu rosto.

Ainda eram duas da manhã, a noite seria longa.

Tentamos de tudo. Desde meditação até ASMR mas nada parecia funcionar. Nada acalmava aquela euforia dentro de nós.

— Eu devia ter pedido para o Kunikida me nocautear — ele sorriu de forma preguiçosa. — Um mata leão seria bem conveniente agora.

Dei um soquinho no ombro dele, o que fez a cama sacudir com suas risadas.

— Eu até que te apagaria com um soco agora, mas não adiantaria muito. Eu precisaria que alguém me apagasse também.

Ele se sentou ao meu lado, segurando meu rosto com as mãos.

— Parece que não há a menor chance de dormir hoje, não é? — ele esfregou o dedão na minha bochecha.