𝐋𝐞𝐭 𝐠𝐨 - 𝐎𝐬𝐚𝐦𝐮 𝐃𝐚𝐳𝐚𝐢

Rest in Peace

[⚠️TW:  Ataque de pânico]

Juntei todas as forças que restaram em meu frágil e exausto corpo. Não. Eu não me permitiria ser fraca.

Nunca mais.

Perante meu horror, Bill instintivamente sacou suas armas e as apontou para direção que eu olhava, sem ao menos saber quem era.

Era o instinto de um protetor.

Chuuya se agachou com as mãos nos bolsos, pronto para partir para cima de qualquer coisa que ousasse ficar em seu caminho.

Riley retirou o capuz, e sorriu olhando diretamente para mim.

— É assim que vocês recebem velhos amigos? — aquela voz nojenta e ardilosa cantarolou para nós.

Meu estômago se revirou, me fazendo fechar os olhos para não vomitar ali mesmo.

Seu rosto estava diferente... Ele estava mais velho, óbvio. Mas tinham algumas cicatrizes ao redor de suas bochechas... Na testa. Eram como marcas de facas.

Alguém deu uma boa surra nesse desgraçado.

— O que esse filhote do demônio tá fazendo aqui porra?! — Chuuya gritou sem olhar para trás, mas era óbvio que estava falando comigo.

Balancei a cabeça, ainda enojada demais para dizer alguma coisa.

— Ora, ora — ele andou alguns centímetros, mas Bill destravou suas pistolas, apontando as duas na direção do maldito homem. — Você... — olhou para Bill. — Você eu não conheço.

— Oh, igualmente — meu protetor retribuiu. — E garanto, que se está respirando neste momento, é justamente por não saber quem eu sou.

Uma parte minha queria sorrir diante da ameaça, mas a outra, se manteve imóvel.

Riley soltou uma gargalhada horrível, esticando os braços atrás das costas, se alongando.

— Me pergunto quantas vezes ela abriu as pernas para você, amigo — seu olhar me perseguiu novamente. — Até que ela é boa, mas não vale a pena.

— Vaza daqui — a voz de Chuuya era firme, repleta de ameaça.

Engoli em seco, mentalizando o que eu havia dito para mim mesma novamente.

Não me permitiria der fraca.
Não me permitiria ser humilhada.

Nunca mais irei me humilhar perante meus inimigos, como me humilhei perante Kouyou naquele maldito café.

Reuni toda a minha coragem, caminhando até ficar parada no centro, no local exato entre Bill e Chuuya.

— Achei que a surra que o Dazai te deu fosse o bastante para você sumir da face da terra, mas olha só — sacudi minhas mãos no ar, debochando de seu atrevimento. — Aqui está você.

Ele praticamente rosnou ao ouvir o nome Dazai. Maldito cachorro descontrolado.

— E você ficou feliz em abrir as pernas para ele por todos esses anos que eu fui covardemente expulso, não é? — ele cuspiu no chão, demonstrando ter nojo de mim.

Ótimo, o sentimento era recíproco.

— Você fala como se eu fosse uma vadia, Riley — sorri, retirando minhas luvas e as guardando em meus bolsos. — Bom. Eu ficaria feliz em abrir as pernas para todos os homens deste mundo, desde que nenhum deles fosse você.

Joguei um beijo no ar, e ele pareceu ter liberado algo feroz em seu olhar.

Chuuya brilhou em ódio puro e vermelho, repetindo suas palavras, mas desta vez em gritos: