𝐋𝐞𝐭 𝐠𝐨 - 𝐎𝐬𝐚𝐦𝐮 𝐃𝐚𝐳𝐚𝐢

Me ame outra vez

| Um desejo queimava como fogo dentro de ambos. Ao morarem juntos, ainda serão capazes de conter essa necessidade? |

A medida que eu me aproximava ao café (novamente) me sentia cada vez mais estranha.

Eu não era mais a S/n, não... Estava mais pra um zumbi metamorfo sofrendo de narcolepsia.

Quando as portas do elevador se abriram, lá estava ele.

Bem na frente do elevador, como uma estátua.

O Dazai conseguia ser bem estranho quando queria. Dava até medo.

E os outros, sentados na mesma mesa em que estavam antes, olhavam todos para mim também.

Curiosos sobre o que eu conversei com o presidente, eu acho.

Emiti um pequeno "tsk" e virei o rosto, incomodada com os olhares.

- Vamos logo, linda. - Dazai disse apressado. - Você vai vir comigo ou pretende dormir por aqui mesmo?

Pensei ter escutado um "humpf" vindo do Kunikida, mas ignorei.

- Não quero morar com você. - afirmei, seca.

O mais alto riu.

- Ah, sua teimosa... Você vai. - ele disse se aproximando, passando um dos braços ao redor dos meus ombros. - Você não tem opção, bobinha.

Devido ao meu estado de cansaço extremo, custei a perceber que ele agora me guiava, me tirando do prédio.

- Dazai... - chamei baixinho. - Você está com aquele carro não está? Me diga que está...

Ele parou de caminhar repentinamente, me olhando com uma expressão nervosa.

- Ah, não. - disse com indignação na voz. - Não, não, não, não! Você veio a pé?

Dazai afirmou, com aquela expressão de criança depois de levar uma bronca.

Pestanejei, irritada. Meu dia foi horrível, e ainda vou ter que caminhar? Não, não mesmo.

- Olha aqui seu idiota, você trate de me carreg-

O mais alto explodiu na risada, interrompendo minhas reclamações.

Eu o encarava séria enquanto ele se curvou de tanto rir, procurando a graça.

Foi quando notei que ele parecia olhar para algo atrás de mim, então eu me virei e-

...

O carro. Bem atrás de mim.

Quando voltei minha atenção ao imbecil, ele ainda ria.

Tentei resistir ao impulso de fincar minhas unhas em seu pescoço e fazê-lo sangrar até a morte, mas meu bom senso falou mais alto e decidi que não ia golpear ele antes de estar na casa.

Se morresse, não iria dirigir.

Quando ele finalmente parou de rir da minha cara tentou tocar meu ombro novamente mas eu recuei, negando seu toque.

Deixar ele encostar em mim era perigoso demais... Para mim mesma.

- Ora, não fique brava. - ele disse com resquícios irritantes de risadas ainda presentes em sua voz. - Tinha que ver a sua expressão!

Dazai deu a entender que começaria a ter uma crise de risos novamente, mas então eu decidi que era minha vez de irritar ele.

- Chuuya já teria me levado para o quarto dele umas 6 vezes no tempo em que você está rindo aí.