𝐋𝐞𝐭 𝐠𝐨 - 𝐎𝐬𝐚𝐦𝐮 𝐃𝐚𝐳𝐚𝐢

O trono da Máfia

O destino as vezes gosta de brincar com a nossa cara.

Eu gosto de pensar que o karma é uma pessoa, e que ele com toda certeza ama me ver mal.

Em um dia, eu encontrei o Ango, soube de uma ameaça terrível de outro país, fui mandada para matar um velho infeliz e no fim...

O Dazai apareceu.

Ele me segurou, me jogou por cima do ombro e me arrastou até o porto.

Nós conversamos bastante, e compartilhamos algumas histórias.

Mas o que eu contei pareceu brincadeirinha de criança perto do que ele me contou.

Eu estava furiosa.

Estava magoada.

Estava me sentindo traída.

De novo.

Mas dessa vez, não era sobre o Dazai.

E sim sobre o desgraçado do Mori. O homem que eu ousei enxergar como figura paterna...

Como eu fui idiota.

Ele me manipulou por todos esses anos, e mentiu para mim...

Eu fico me perguntando se o Chuuya sabia disso...

Comecei a negar com a cabeça freneticamente, tentando afastar esse pensamento.

Sem chance, o Chuuya não mentiria para mim. Jamais.

Já haviam se passado algumas horas desde que me encontrei com o Dazai no porto, pela madrugada.

Já era de manhã, e eu estava perambulando por algumas lanchonetes. Dazai estava exausto, sei lá o motivo.

Aquele idiota deve ter usado toda a energia dele para me encontrar.

Ele estava tão sonolento que não podia nem dirigir, então eu peguei o celular dele e liguei para o seu parceiro, pedindo para ele levá-lo para casa.

Dazai havia adormecido no carro, e eu estava um pouco relutante em deixá-lo sozinho. Mas eu precisava ir antes que o Kunikida chegasse, caso o contrário...

Ele ia, no mínimo... Me esfolar viva.

Suspirei enquanto mordia mais um pedaço de biscoito caseiro, aliviada por finalmente poder comer algo doce.

Sempre que me sinto confusa trato de comer a maior quantidade de doces que eu puder, acho que é mais uma mania do que um hábito.

Antes de cair no sono, Dazai havia me dito exatamente o que fazer.

"Escute, eu só vou dizer uma vez. Vá e confronte o Mori, não tenha medo. Ele não pode ferir você. Quando acabar, corra para mim como se sua vida dependesse disso."

Com confrontar ele quis dizer...

Atacar, ou atacar verbalmente?

Que se dane, vou fazer os dois.

Eu estava cansada também, não havia dormindo absolutamente nada na noite anterior. Mas mesmo assim, eu estava com energia o suficiente para dar umas boas porradas no Mori.

Apenas um detalhe estava deixando meu peito doendo.

Meus amigos.

Eles vão me odiar.

Kouyou, Chuuya, Gin, Hirotsu-San... Já era.

"Que se dane" pensei. Se for pra virar minha vida de cabeça para baixo que seja!