Marshall Lee

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O sol fumegava as costas do Marshall Lee, mas ele não sentia dor, ele apenas cantarolava uma conhecida música de aventura. Chiclete caminhava observando o lugar ao redor, com interesse.

A cidade seguia por várias outras ruas bem cuidadas, até ele chegarem em uma praça que poderia ser nomeada de centro da cidade, apesar de não haver indicações de que realmente era o centro, mas havia comerciais e lojas de roupas e assessórios.

Chiclete observou as roupas.

- Que época será essa? Essas roupas são muito antigas para serem da nossa época. - ele disse.

- Está me dizendo que a gente está em outra época? - supôs Marshall Lee, apertando os olhos por causa do sol, esqueceu de admitir que era desagradável quando a luz estava sobre ele, esquentava demais.

- Pode ser que sim.

O vampiro revirou os olhos, e virou a cabeça, então ele viu um comercial a poucos metros.

- Comida! - exclamou - vamos Príncipe. Fazer compras.

Ele puxou o Chiclete pelo braço e voaram apressado até o comercial vazio.

- Genial, só eu e você sozinhos - disse o vampiro, ele pegou um carrinho.

- Qual época os carrinhos de supermercado foram criados?

- Na boa, eu não estou nem aí para isso. - disse com desgosto o vampiro.

Eles entraram na sessão de massas para bolos e outros condimentos desinteressantes para o Marshall Lee, que caminhava chateado com o fato de que ainda não se sentia  inteiramente humano, mas...

- E aí - começou Chiclete de repente no meio dos pensamentos aleatórios do vampiro, que teve quase certeza do que ele iria começar a falar - quando o Lass for pego o que você vai fazer para se livrar dele.

- Vou enfiar uma estaca nele e pronto - disse sensato.

Chiclete observou as embalagens de bolo de morango.

- Eu sei mas...

- Chiclete, você quer me dizer algo sobre o Lass. Vai, pode dizer. Eu sei que fui um idiota e impulsivo. Erros são cometidos, Chiclete, e são repetidos se a gente quiser.

- Eu não estou querendo jogar na sua cara que foi um idiota. Só acho que deve haver uma explicação para ele fazer tudo isso, o Lass - disse Chiclete pegando as massas de morango e pondo no carrinho.

- O que foi agora, vai defender ele? Ele errou, matou o Papel e agora vai pagar - disse o vampiro, pegando as massas de morango do Príncipe do carrinho e trocando por outro sabor.

O Príncipe olhou para o vampiro com desprezo.

- Eu quero de morango! - brigou o Príncipe.

- Óbvio, né? Eu quem vou pagar!

- NÃO É DO SEU DINHEIRO QUE...

- Fala baixo Chiclete, você só sabe gritar, que chato. - interrompeu o vampiro, em meios aos surtos do Príncipe.

- Não é do seu dinheiro que eu preciso - repetiu o Príncipe baixinho.

Marshall Lee olhou com divertimento para o namorado... quero dizer, Chiclete. Ele amava as brigas com ele, Chiclete se irritava fácil.

- Não quero bolo de morango Chiclete. Será que você não abusa o fato de ser de morango?

- E você não cansa do fato de ser um completo idiota?

-Odeio você!

- É recíproco. - respondeu Chiclete, mas conforme trocavam palavras, se aproximavam cada vez mais um do outro.

- Está olhando o quê, Príncipe Infeliz!

- Estou olhando um idiota!

Eles  trocavam insultos e se aproximavam um do outro o suficiente para sentirem deles. Marshall Lee cheirava a algo voltado a ação e adrenalina; Chiclete algo doce o suficiente para se cheira e comer, mesmo não considerando comestível.

Então, houve um barulho estrondoso de vidro se partindo e dois seres negros como a escuridão sair de algum lugar e avançar contra os dois namorados. Marshall Lee puxou Chiclete para trás e avançou para cima do enorme monstro peludo. Houve um grunhido e um boque quando o monstro caiu no chão desacordado. Marshall Lee virou para ajudar Chiclete e a atacar contra o segundo monstro, mas ele, o Chiclete, já havia finalizado com o último.

Chiclete observou os monstros com horror e apreensão.

- O que são esses monstros? - perguntou.

- Provavelmente são monstros daqui - supôs Marshall Lee.

- Se for, então não estamos sozinhos e nem seguros.

Marshall Lee revirou os olhos.

- Ah qual é, nós acabamos com eles em um minuto. Vamos sair daqui Chiclete. - em seguida ele olhou com indiferença para as massas de morango - Está bem, está bem, vamos levar as massas de morangos.

Aventuras de Marshall Lee e Príncipe Chiclete ( Sem revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora