Marshall Lee

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Marshall Lee pousou suavemente em uma rua destruída pelo tempo. Não havia uma casa a vista no horizonte, ou algum ser vivo naquela área. O vampiro  tira a mão da boca do Príncipe, mas continua segurando ele por trás com força e atento a qualquer movimento que ele podesse fazer contra ele.

- Que lugar é esse? - pergunta Chiclete, entendiado.

- Não importa, eu trouxe você aqui para caminharmos um pouco até o nosso destino e juntos, iremos planejar como pegar o...

- Eu não quero ir - corta Chiclete. - E não quero aquela jóia idiota.

- Eu não perguntei se você quer ir ou se quer a jóia - responde o vampiro suavemente.

Chiclete tenta se desvencilhar dos braços do vampiro.

- Me solta!

- Você vai fugir?

Chiclete olhou para o vampiro por sobre o seu ombro.

- E tenho escolha. Afinal, está meio estranho nós dois nessa rua agarrados...

Marshall Lee solta o Príncipe meio desconfiado, preparando-se para qualquer coisa que pudesse acontecer.

- Posso fazer uma pergunta? - pergunta o Príncipe Chiclete.

- Não...

Mas o Príncipe fez mesmo assim:

- Por que não chamou sei lá, o Príncipe Caroço ou Fionna e Cake para ajudar a pegar essa jóia? - Marshall Lee ficou ligeiramente tenso ao ouvir o nome do Príncipe Caroço.

- Ele não quis vim - responde o vampiro, simples. - vamos seguir em frente o lugar que devemos ir, ficar para aquele lado.

Eles caminharam, Chiclete parecendo meio deslocado naquela rua.

- Espera um pouco, então você pediu desculpas para o Príncipe Caroço?

- Nós tivemos...uns assuntos. E eu ajudei ele com umas coisa, que resolveu  tudo.

Caminhando e caminhando, eles finalmente chegaram em um ponto que a rua era uma descida, era possível ser visto um pequeno vilarejo a frente.

- Aonde estamos indo?

- Será que você não cala a boca, eu não conheci você assim tão chato e tão cheio de perguntas, Chiclete.

- EU SÓ ESTOU FAZENDO UM PERGUNTA! - berra o Príncipe irritado com a simples sinceridade do vampiro.

- Correção: uma não, várias. O que fica chato, e cala a boca, e para de gritos Chiclete.

Mas uma vez o vampiro teve que sentir fisicamente a fúria do Príncipe, que chutou suas pernas. Surpresa e divertimento invadem o vampiro, que fala em um tom fatal, como se fosse para um inimigo:

- Você me deu um chute?

- Dei, pois você merece. Me tirou da minha casa...

- Agora eu vou te bater.

Marshall Lee avançou contra o Príncipe que se preparou. Em seguida os dois estavam agarrados no chão, Marshall apenas se defendendo dos golpes.

- Não me morde Chiclete. Engraçado que não faz isso com os monstros.

- Você... merece...ser... mordido - dizia o Príncipe.

Finalmente, ambos e principalmente o Príncipe Chiclete percebendo que a briga não levaria em lugar algum. Eles resolveram parar. Marshall Lee, com seu cabelo mais bagunçado do que antes (em alguns momentos o Príncipe puxava o cabelo dele) e Príncipe Chiclete, com seu cabelo faltando alguns pedaços de chiclete.

- Me da o chiclete do meu cabelo! - pede o Príncipe irritado.

- Não! Essa é a vingança por ter puxado o meu cabelo! - ele enfia o Chiclete em sua boca e faz bolinhas com ela.

Depois da briga, os dois chegam no vilarejo. As ruas as casas eram meio destruídas e não tinha nenhum sinal de um ser vivo perambulando por ali, nada exceto uma pedra que se movimentava lentamente... Espera, pensa Marshall Lee, pedras não se movimentam sozinhas!

Marshall Lee pega no braço do Príncipe que ainda arrumava o seu cabelo ele se esconde em um muro próximo a um lixeiro.

- O que foi? - pergunta Chiclete sussurrando assustado.

- Vim uma...Pedra se movimentando - disse o vampiro pondo apenas a metade da cabeça na vista da suposta pedra que caminhava lentamente.

- Pedra? - Chiclete se aproxima para observar - aquilo não é uma pedra, e...Ei você é uma pedra?!

O Príncipe grita, Marshall Lee puxa ele e encosta ele contra a parede e fica segurando-o para não sair.

- Ficou maluco! Chiclete, na boa,eu vou sugar o vermelho do seu rosto se você não parar de gracinhas.

- Eu quero ir embora. Ah... - ele age como se tivesse lembrado de algo que poderia ter falado a muito tempo -, o P. Papel está de visita, então eu tenho que aproveitar, já que ele não é como você.

- Aquele pedaço de Papel higiênico? - pergunta Marshall Lee, olhando ligeiro para a pedra que parou de andar. - Parece que não é uma pedra.

- Aaaaah, socorro! - berra Chiclete, mas o vampiro cobre sua boca.

- Se você falar eu vou fazer algo que vai te deixar paralisado. - disse o vampiro sem olhar para o Príncipe, notando que a pedra ainda estava parada e ao mesmo tempo desejando que o Príncipe grite.

Chiclete tenta se soltar dos braços do vampiro.

- Se você não me soltar eu vou gritar de novo.

Marshall Lee riu.

- Grita.

- Ahhh!

Chiclete parou de falar, não por ter sua boca tampada pela mão do vampiro. Mas porque o Marshall Lee prendeu sua boca contra a dele. Chiclete automaticamente ficou paralisado quando o vampiro parou de beijar ele, o hálito de morango era muito viciante quase o vampiro não parava. Marshall Lee deu um sorriso de triunfo, mas não comentou nada.

Deu mais uma olhada na pedra, mas ela não estava no lugar que estava parada.

- Vamos nessa. - disse o vampiro - E uma pena que eu tenha perdido minha guitarra Chiclete, eu daria ela para você se caso precisasse.

O Príncipe nada disse, ainda estava perdido em pensamentos. Eles chegaram em frente a um prédio sujo de pichação com vários nomes sem significado exato. Uma placa bamba tinha as seguintes palavras: Cabeça de Dragão.

Marshall Lee puxa o Príncipe para um beco ao lado do Cabeça de Dragão, próximo a outra lixeira transbordando. No escuro o vampiro encarou o Príncipe e falou algumas coisas que ele precisa saber.

- O monstro chamado Zoom, vive aqui. Ouvi dizer que é o lugar mais perigoso. Sabe o Bruxo do Céu? - Chiclete confirmou com um barulho -, é ele quem eu andei pedindo informações sobre como devo libertar o meu amigo na tumba, mas ele me enganou, ele sabia o que precisava para pegar a jóia somente de você que anda para todo lugar com o objeto. Enfim, eu tenho quase certeza que a jóia está com esse Zoom, se não tiver iremos fazer outra visita na casa do Bruxo. Você entendeu o que eu disse?

- Hmmm.

- Temos que pegar a jóia aqui, e cair fora. Quando eu libertar o meu amigo, você pode ficar tranquilo, eu prometo: nunca mais irei procurar você - ele disse isso com o coração acelerado, como se esperasse que o Príncipe não quisesse isso.

- Hmmm.

- Tem alguma pergunta?

Não ouve resposta. Eles caminharam lentamente em direção ao Cabeça de Dragão, o vampiro ciente que o Príncipe Chiclete mastigava o chiclete que o vampiro pôs na boca dele quando eles havia se beijado.








Aventuras de Marshall Lee e Príncipe Chiclete ( Sem revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora