Morrendo sem ar.

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isso não é justo
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{este capítulo contém detalhes de um aborto espontâneo, se você não se sentir confortável com isso, pule o capítulo} ----------------------

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{este capítulo contém detalhes de um aborto espontâneo, se você não se sentir confortável com isso, pule o capítulo}
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Pov Caleum

Eu lentamente abri meus olhos, o quarto ainda estava escuro. Senti o corpo de Fred atrás de mim. Tentei me sentar antes que ele me impedisse. De repente, uma dor aguda saiu das minhas costas para minha barriga. Estremeci um pouco, estava exausta demais para gritar.

— Deite amor, você dormiu por 12 horas — Fred sussurrou enquanto esfregava minhas costas levemente. 

Ele estava colocando pressão e massageando minha parte inferior das costas, de onde vinha a dor.

Eu lentamente me deitei e me curvei em seu peito. Eu queria tanto chorar. Eu precisava chorar, mas não conseguia. Não saiu nada. Eu estava apenas entorpecida.

Fred estava afastando o cabelo do meu rosto, ele estava fazendo tudo ao seu alcance para me deixar confortável. Eu estava lentamente começando a adormecer quando senti uma poça embaixo de mim. Eu lentamente me sentei e puxei as cobertas de nós. Os lençóis da cama estavam completamente manchados com meu sangue, assim como meu short e calcinha. Eu estava tão envergonhada.

— Eu... me desculpe... foi um acidente... — eu comecei. 

Fred de repente agarrou meu rosto e deu um beijo em meus lábios rapidamente.

— Shhh está tudo bem amor, você não pode controlar isso — ele sussurrou. 

Eu não queria que ele chamasse Molly. Eu já estava envergonhada o suficiente.

Não pude ir para a ala hospitalar porque eles informariam meus pais. Isso significaria que meu pai descobriria sobre a gravidez. Ele iria matar eu e Fred. Literalmente.

— Mãe! — Fred chamou. 

Molly entrou no quarto. Eu mantive minha cabeça baixa, estava com vergonha de todas as bagunças que fiz desde que cheguei aqui. Molly se aproximou de nós e ajudou Fred e eu a sair da cama.

As cólicas em meu ventre eram insuportáveis. Eu estava apoiada em Fred enquanto agarrava minha barriga. Molly tirou a roupa de cama e enrolou os lençóis.

— Eu sinto muito Molly, eu não queria fazer bagunça — eu gritei. 

Finalmente, as lágrimas escorreram novamente pelo meu rosto. Molly colocou os lençóis ensanguentados em um cesto e se aproximou de nós. Ela segurou meu rosto e me puxou para um abraço.

— Não é sua culpa, querida, eu passei por isso na sua idade. Estou aqui para você, estou feliz que você veio até mim — ela sussurrou. 

Meus olhos se arregalaram um pouco.  Molly passou por isso? Eu não sabia que coisas assim eram tão comuns.

Purity | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora