O dia prometia.
Esse, era o pensamento da Duquesa-mãe, Mary Ann Hamilton Hewitt, ao começar seus compromissos, no dia em que casaria a filha mais velha, Agnes, e assistiria ao noivado de seu filho Henry.
Estava feliz, não negava, mas apreensiva por Andrew, que estava impossível com a ideia fixa de que deveria conduzir Agnes até o altar para entregar-lhe a Frédéric, assim como fizera com Sophie, quando a conduziu até Ian.
—Querido, você não pode estar descendo ou subindo escadas! —Mary Ann argumentava preocupada —São as recomendações do médico, por favor querido, não insista!
—Mas meu anjo, eu não posso fazer isso! —Andrew declarou convicto —Eu devo isso a Reddie, e mais que tudo, é um desejo sincero de meu coração doente, levar minha filha mais velha até o altar, e colocar a mão delicada dela na mão de meu querido amigo —Andrew mirou na Duquesa seus belos olhos azuis, hoje, mais suplicantes do que ela já vira em outras ocasiões.
—Andrew! Você está me saindo pior, do que todos os seus filhos teimosos juntos —Mary Ann exclamou exasperada —Pior até do que George, que eu considerava insuperável!
—Por favor meu Anjo! —Andrew aproximou-se e a envolveu pela cintura —Não zangue-se comigo...lembre-se, estou doente...estou convalescendo ainda... —E provocativo, roçou os lábios nos dela.
—Ah Andrew... —Mary Ann suspirou abraçando-o apertado —Eu só quero que você se cuide, que não exagere... Mas você é teimoso demais Vossa Graça!—Ralhou, olhando em seus olhos, muito séria.
—Eu já disse-lhe como você fica linda zangada?—E sorrindo torto, Andrew beijou sua testa franzida —E como seu rosto fica tão lindo, assim, corado... Mesmo que seja por estar com raiva de mim?... —E apertando Mary Ann, a beijou com sofreguidão.
—Meu amor... —Mary Ann disse o empurrando levemente e respirando com dificuldade —Você sabe que não devemos... não podemos... o médico disse...
—Ah! O médico! —Andrew falou contrariado —Não posso descer daqui, não posso caminhar, não posso trabalhar, não posso levar minha filha até o altar, e não posso fazer amor com minha esposa! Sou um inútil mesmo! —E muito furioso, deitou-se e cobriu-se, fechando os olhos como se fosse dormir.
Mary Ann tampou a boca com as mãos tentando reter uma risada que lhe ardia na garganta! Tia Bess já lhe dissera, algumas vezes, que os homens ao tornarem-se mais velhos, voltam a agir quase como meninos. Agora ela sabia que a tia tinha razão. Andrew estava fazendo birra, como George ainda fazia. Isso era demasiado cômico!
—Andrew... —Ela falou-lhe com carinho.
—Deixe-me Mary Ann... —Andrew respondeu ainda de olhos fechados —Deitei-me para dormir e descansar, já que isto, é a única coisa que o 'medico' me permite fazer!
—Andrew... —Mary Ann repetiu —Por favor querido, abra os olhos, vamos conversar...
—Conversar o quê? —Andrew respondeu triste —Não há o que fazer... Estou condenado a ficar neste quarto, isolado de todos! Afastado de você, de meus filhos, de minha família...
—Não seja injusto Andrew! —Mary Ann o ralha —Todos tem estado com você seguidamente! Eu, tia Bess, Johnny, Hank, Georgie...Lewis e Joanne...Matt e até a pequena Claire! Sem falar em Reddie e Lili que ficam horas aqui conversando. Esquece-se de Loulou e Charlie e de que Sophy e Ian acorreram para cá assim que souberam do ocorrido?
—Mas a culpa disso foi sua Milady! Eu tinha-lhe proibido de chamá-los. Que horror, acabei com a lua de mel de minha filha adorada —E emburrado, Andrew deu as costas para Mary Ann, virando-se na cama.
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Sou seu destino
Historical Fiction"Você me deve isso Júlia! " Gritou Amanda totalmente transtornada; "Eu amo Robert e é com ele que vou me casar! Você vai fazer o que eu estou mandando, vai me ajudar a fugir com ele." 'Sou seu destino' narra a história de três nobres familias, e de...