Capítulo 48

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John acordara com um sorriso no rosto!

Lembrava feliz do dia maravilhoso que tivera ao lado de Júlia.

Cada vez que se aproximava dela sentia seu coração pular dentro do peito!
Não conseguia ficar perto dela sem desejar tocá-la.
Queria poder andar de mãos dadas com ela! Beijá-la! Abraça-la...

Sentia saudade de conversar, de trocar idéias...Julia era uma ótima companhia, era atenciosa, inteligente e tinha um ótimo humor!
Julia era daquele tipo de pessoa que iluminava aonde estivesse, e fazia com que os outros se sentissem bem!

Estava encantado com o desejo que ela revelara-lhe de conhecer Elmore, e o trabalho que ele fazia lá, como médico.
Era tão bom poder dividir seus sentimentos sobre exercer a medicina com alguém... A medicina era sua verdadeira vocação, sempre fora!

Tinha lembranças preciosas de quando acompanhava o saudoso doutor Gilbert às visitas que ele fazia aos moradores de Greenleaf Hill, sendo ele ainda um rapazola, e lembrava que foi nesta época que realmente se decidiu que era isso que ele queria fazer por toda vida.

Apesar de preferir que ele estudasse as leis, para que pudesse ajudar nos negócios da família, seu pai não o proibiu de estudar e se formar médico, mas exercer era outra história...
Conforme o tempo foi passando, ele tinha se incumbido cada vez mais de ajudar o pai e os tios com os negócios, e ser médico acabou relegado a segundo plano.
Agora com o consultório que montara no vilarejo do marquesado, ele podia cuidar das pessoas que, na maioria, eram seus arrendatários e servos, e isso trazia-lhe muita felicidade, mesmo que fosse por apenas alguns meses no ano.
Sentiu um calor tão bom no peito quando Júlia disse que sua atitude era admirável!
Queria que ela o admirasse, como queria. E estava decidido! Levaria Julia a Elmore, e mostraria a ela seu consultório, a sua casa ancestral, suas terras e tudo que eles cultivavam e criavam com tanto cuidado!
E talvez, até mesmo a pedisse em casamento lá, na beira do rio...

—Parece que viu o pássaro azul Johnny! —George comentou rindo.

—Porque Georgie? —John perguntou curioso.

—Porque você está sentado aí, mexendo seu chá faz um tempão, e rindo para o nada! —George explicou divertido.

—Não nego Georgie! Eu estou feliz! —Respondeu John, ainda rindo e com os olhos brilhando.

–E eu sei o porquê! —Disse George com os olhos semicerrados.

—Oras Georgie, é claro que você sabe... —John respondeu, sorrindo de lado —Mas eu peço-te que não comente, pois não?

—Eu sou um cavalheiro Vossa Senhoria! —George respondeu muito sério —Seu segredo está seguro comigo!

—Obrigado Mestre George! —John falou também sério.

—Saiba que 'ela', lhe corresponde, tenho certeza! —George decretou sorrindo —Vocês serão muito felizes!

—Você acha mesmo? —John falou com sua xícara de chá, já frio, a meio caminho da boca.

—Claro que sim! Se eu fosse você, não perderia tempo! —E olhando para o irmão mais velho, George piscou.

—O que vocês tanto cochicham? —Mary Ann perguntou curiosa, desviando sua atenção para os filhos, depois de alcançar uma fatia de bolo para Sophie.

—Tem certeza de que quer mesmo saber mamá? —Sophie disparou divertida.

—Eu, tenho até medo! —Elise continuou a brincadeira.

—Coisas de irmãos mamá! —George respondeu contente.

—Isso mamá! Fazia tempo que não conversávamos...Estava com saudade de George —E virando-se para Henry, John bateu camaradamente nos ombros do irmão —E de você também Hank!

—Sei... —Henry gemeu, com má vontade, com a cabeça latejando pela ressaca enorme que sentia.

Andrew e Mary Ann olharam-se tristes, e a Duquesa pegou na mão do marido, pensando no que poderia fazer para ajudar Henry, seu filho tão precioso!


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