Capítulo 4

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A carruagem com o Duque e seus convidados, adentrou no pátio da incrível Greenleaf House, ao entardecer.

Agnes estava boquiaberta, ao contemplar pela janela, a maior propriedade que já vira.

—Minha senhora, eu nunca imaginei que existisse uma casa assim tão grande e linda! —Disse olhando para Joanne, com um sorriso abobalhado.

—Para falar a verdade, nem eu Agnes! —Concordou Joanne,  apertando John em seus braços.

O veículo terminou seu percurso, parando exatamente em frente a uma bela porta de dois lances, de carvalho ricamente esculpido.

Acima dela, em um frontão, havia em relevo, talhado na pedra, a imagem de um Grifo, de asas abertas, carregando no bico um ramo de oliveiras, que Joanne reconheceu como sendo o símbolo da família Hewitt.

O Duque gentilmente ajudou Agnes a descer da carruagem, e depois com um braço acolheu o pequeno John, que dormia tranquilamente, e com a outra mão, sustentou o braço de Joanne para que ela pudesse descer também; foi um gesto simples e respeitoso, mas fez o coração de Joanne acelerar.

Ela rapidamente se recompôs, alisando as saias do vestido, e ajeitando a capa por sobre os ombros; depois, com agilidade,  escondeu algumas mexas rebeldes de cabelo que insistiam em fugir do coque sob o bonnet. 

Não iria adentrar na presença da Duquesa como uma selvagem.

Ela era pobre e simples, mas tinha educação suficiente para portar-se com o mínimo de decência, por mais ridícula que fosse sua situação, pensou.

—Milorde! Não o esperávamos tão cedo! —Uma senhora grisalha aparentando uns cinquenta e poucos anos, se aproximou rapidamente, seguida por mais duas moças que portavam um uniforme impecável de serviçais da mansão.

—Não se preocupe senhora Finnes, nem eu mesmo pensei que retornaria ainda hoje —Disse o Duque, e passou por ela com John no colo, seguido de perto por Joanne e Agnes.

A casa era ainda mais impressionante por dentro, Joanne reparou ao passarem pelas portas.

Adentraram então, a um grande hall, com piso de mármore, de onde podiam avistar uma escadaria que levava ao primeiro piso, aonde ela se dividia, levando a um segundo piso.

Joanne ficou chocada ao perceber a grandiosidade do lugar e estava perdida em seus próprios pensamentos, quando ouviu Andrew chamar seu nome.

—Me desculpe Vossa Graça, o que seria? —Disse voltando a prestar atenção.

—Estava apresentando-lhe a governanta, a senhora Judith Finnes,  e o mordomo, o Sr. Neil Arlington; ela irá conduzi-la a seus aposentos, e você pode pedir à ela qualquer coisa que necessitar. E o senhor Arlington também estará a suas ordens para qualquer necessidade; espero que não se importe em dividir um quarto com a senhorita Agnes? —Andrew perguntou atencioso.

—Claro que não —Respondeu —Eu gostaria de me recolher agora para poder descansar e acomodar John... —Joanne disse angustiada.

—John irá comigo Joanne, já conversamos —Andrew falou firme.

—Mas ele não tomou banho...e tem que comer alguma coisa, e ele tem algumas manias para dormir, eu gostaria... —Joanne insistiu.

—Com certeza se você disser quais são estas coisas à senhora Finnes, ela poderá providenciar, não é senhora Finnes? —Disse o Duque, para a governanta.

—É claro Milorde! Eu sei cuidar de crianças! —Respondeu a senhora Finnes, encarando Joanne de cima a baixo com um olhar frio de desaprovação.

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