Capitulo 107

101 15 6
                                    

Lorde Andrew Colton Hewitt acordara muito bem disposto.

Fizera seu desjejum, em sua suíte, na companhia da Duquesa e de suas filhas, a jovem Condessa Meadow, Sophie Hewitt Baldwin, e Elise, sua filha caçula.

Ele sentia-se mais forte, e inclusive arriscara uma caminhada no quarto, para não ficar fraco das pernas, dissera muito sério.

John estava aliviado, pois a preocupação que tinha pela saúde do pai não lhe deixava ter um minuto de sossego, e o jovem Duque pensou que poderia dormir melhor esta noite, finalmente.

Ele estava em seu gabinete despachando alguns documentos que não puderam ser realocados em sua agenda de compromissos. E buscava um horário livre para poder comparecer ao Escritório de Investimentos, desde que a pequena folga acabara, não tinha conseguido ir até lá.

John, estava também, a espera de Henry, e já sentia-se angustiado com sua demora. Será que ele iria simplesmente ignorar sua proposta, sem pelo menos lhe dar uma satisfação do porquê?
A conversa que tiveram fora demasiada tensa, mas ao sair do quarto do irmão, estava com a impressão de que ele pelo menos iria pensar no assunto, contudo, estava chegando a conclusão de que não.

—Vossa Graça! —Brian o chamou pela fresta da porta.

—Pois não Brian, o que deseja? —John respondeu levantando o rosto dos documentos que examinava.

—O senhor Hewitt deseja um momento em particular consigo, e pergunta se poderia ser agora —Brian diz solene.

—Claro Brian, diga-lhe que entre —John respondeu levantando-se e postando-se em frente a mesa de trabalho, respirou fundo para passar uma segurança e uma tranquilidade que absolutamente não possuía.

Henry entrou com uma face sombria, e olheiras profundas.

Apesar de tudo o que houvera, e de tudo que fora dito, John sabia que seu irmão estava sofrendo, e essa certeza o fazia sofrer também.

—Bom dia Lorde Hewitt! —John falou gentil —Eu o estava aguardando ansiosamente; já pensou o suficiente no que conversamos? Teria algum parecer para dar-me sobre o que lhe propus?

Henry o olhou desconfiado. Depois buscou pelo sofá, e acomodou-se nele suspirando.

—Eu pensei muito no que me propôs, aliás a noite toda na verdade! —Henry respondeu encarando John.

—E então Milorde? Não lhe pareceu uma proposta descente, correta? Que apreciaria favoravelmente todas as suas demandas? Além de garantir o bom nome da família Hewitt, e assegurar e proteger o futuro de vossas irmãs? —John o inquiriu com a testa franzida —E como um homem conhecedor da lei, como sei que Milorde é, sabe que o que propus é perfeitamente legal e possível.

—Sim, eu sei! —Henry respondeu suscinto —Apenas no que se refere ao Marquesado, eu...

—Milorde, faça seu preço! Eu não quero nada de graça. O título de Marques é dado ao filho primogênito de um Duque, e geralmente é apenas um título de cortesia. A família Hewitt, a sua família Milorde, foi agraciada com um título de Marquesado real, através do abençoado casamento de seu avô Henry Hewitt, com sua avó Sophie Wallace Colton, única descendente viva de Lorde Andrew Spencer Colton, Marques de Elmore. Portanto, eu, humildemente acho que apesar da minha condição de bastardo, eu não estaria sendo desonesto ao dizer que tenho direito sobre este título, pois vosso pai, Milorde, foi cavalheiro o bastante para me registrar como um filho legítimo, algo que por sangue eu o sou realmente, e sem dúvidas, Milorde há de reconhecer, sou o seu rebento mais velho, pois Milorde só veio a nascer, após três infelizes abortos naturais sofridos pela Duquesa, vossa mãe! Estou correto? —John terminou parado bem a frente de Henry, que estava vermelho e inconfortável no sofá.

Sou seu destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora