Capítulo 7

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Como pode ser tão linda! —Andrew pensou...

Não conseguia deixar de olhar para ela e nem soltá-la de seus braços.
Estava imerso  no castanho esverdeado de seus olhos... enebriado pelo suave perfume que emanava dela, e muito tentado a beijar seus lábios rosados e cheios.

Ah! As lembranças daquele único momento em que estiveram juntos desceu sobre ele como uma avalanche!

Ele não podia negar que tinha muitos sentimentos por Joanne, e que percebia que ela também os tinha por ele, pois estava sem reação em seus braços e respirando sofregamente.

Como se estivesse sob o efeito de um sortilégio, Andrew comecou a divagar...

Apenas um beijo! Pensou.

Somente um beijo...

E lentamente, aproximou seus lábios dos dela...

Mas como uma lebre assustada, Joanne deu um passo para traz, e olhando-o com horror, abriu a porta do escritório e correu, desaparecendo de suas vistas.

—Joanne! —Chamou —Joanne! —Andrew gritou e saiu correndo para alcançá-la, quase trombando com Arlington no saguão, que assustado, equilibrou a bandeja com o chá que estava levando a ele no escritório.

—Para onde ela foi Arlington? Você a viu? Fale homem! —Disse o Duque, sacudindo o apavorado mordomo!

—Por ali Senhor! Eu tentei impedi-la, mas a senhorita Archer foi mais rápida! Ela correu em direção aos estábulos.

Meu Deus o que eu fiz! Estraguei tudo! Mais uma vez... Pensava Andrew enquanto corria em direção aos estábulos.

Ela não poderia ir muito longe, não conhecia nada ali.

Passou pelos estábulos mas não a viu, perguntou a Peter o chefe da estrebaria, mas ela não fora vista.

E agora, para onde? Pensou parado entre as estrebarias e o galpão de ordenha.
Subitamente viu ao longe, Joanne correndo em direção ao bosque preservado da propriedade, e sem pensar duas vezes correu na mesma direção.

Ao entrar no bosque chamou por ela a plenos pulmões:
—Joanne! —Gritou
—Por favor volte! Me perdoe! Eu não queria magoá-la! Por favor Joanne! Vamos conversar! John já deve ter acordado! Ele pode estar chorando! —Gritou.

Meu Deus! Me ajude! Orou em pensamento enquanto olhava para todos os lados tentando vê-la entre as ramagens.

Andou mais para dentro do bosque e chamou-a novamente: —Eu sei que está aqui Joanne! Saia de onde estiver, e fale comigo!  Pode me xingar! Eu mereço! Mas vamos voltar, por favor! Volte comigo! —Andrew insistiu triste.

—Como pôde!? —O Duque ouviu sua voz chorosa.

—Aonde você está? —Perguntou olhando em volta.

—Milorde, porque me atormenta assim!? —Joanne continuou a reclamar chorando —Eu estava conformada com meu destino! Eu...eu...quase não pensava mais... —Continuou entre soluços—Não é justo! Estar com Milorde novamente...estar tão perto... —Chorou doloridamente.

—Joanne... —Andrew sussurrou, e seguindo o som dos seus soluços a achou sentada no galho de um carvalho, chorando agarrada ao tronco!

Ela estava com os olhos fechados e com o rosto marcado pela tristeza e pelas lágrimas, e ele sentiu-se o pior dos homens... 

Ela estava tão fragilizada...nunca a vira assim.

—Venha! Desça daí —Falou com carinho —Você pode se machucar! —E estendeu os braços para amparar sua decida.

Sou seu destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora