Capitulo 114

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Charlotte tinha certeza de que não se sustentaria de pé, se não estivesse apoiada no braço de Daniel.

Ela tremia como uma vara pau.

O jardim da Mansão Alcott era muito bem cuidado.

Lady Edwina e o jardineiro Bell tinham orgulho dos canteiros primorosos, do gramado perfeito e, claro, da jóia da coroa: a belíssima estufa de rosas.

Nesta noite especial, o jardim estava iluminado, e perfumado pelo aroma delicado dos pés de jasmim que Lady Domenica trouxera da Toscana.

O perfume era enebriante, e as lanternas davam ao pátio um ar de mistério e...romance.

Ao chegarem em frente a estufa, Charlotte ainda ouvia os acordes de uma valsa, e os aplausos festivos dos convidados.

—Vês como é de fato linda Daniel! —Charlotte falou animada, soltando o braço de Daniel para adentrar a estufa.

—Sim —Daniel respondeu próximo a ela—Deveras...

—Eu sempre gostei de vir aqui! —Comentou sorrindo —Temos uma semelhante em Whiteshore, mamá também aprecia a jardinagem.

—É mesmo?... —Daniel disse aproximando-se mais um pouco.

—Mas...mas... —Charlotte balbuciou, assustada com a proximidade dele —Mamá prefere as margaridas sabe...

—São lindas também! —Daniel comentou, sorrindo divertido, percebendo a timidez de Charlotte —E as suas Charlie, quais são?

—As minhas? —Perguntou intrigada.

—Sim, as suas flores preferidas, quais são? —Daniel perguntou aproximando-se mais um pouco.

—Ah... —Charlotte sorriu para ele —Minhas flores preferidas são as peônias...

—Sério? —Daniel comentou espantado —As rainhas do jardim! —Disse pomposo.

Charlotte riu-se contente, e Daniel sentiu seu peito arder de amor por ela.

—Charlotte —Daniel falou rouco pegando em sua mão.

—Sim Daniel...

—Já disse-lhe o quanto a admiro? —E curvando-se beijou as suas mãos delicadamente —O quanto a acho linda?

Charlotte sentiu que poderia desfalecer a qualquer minuto.

Seu coração estava deveras acelerado, e ela não sabia se sentia calor ou frio.

—Charlotte...

—S-Sim Daniel... —Charlotte respondeu em um suspiro.

—Eu desejo muito beijar-te, muito! —Daniel puxou-a para si lentamente, e a abraçou ficando com o seu rosto muito próximo ao dela —Mas não o farei se você não quiser Charlotte. Porque eu te amo, e se te beijar agora, eu sei que vou querer beijar-te pela vida toda!

—Daniel...eu... —Charlotte murmurou arfando.

—Diga-me Charlotte, você também quer me beijar? Quer beijar-me por toda vida? —Daniel perguntou sussurrando próximo demais dos lábios de Charlotte.

—É o que tenho sonhado Daniel... a muito tempo...

Daniel sorriu contra a boca de Charlotte.

Ela fechou os olhos e elevou os lábios mais ainda em direção aos dele.

Daniel deixou sua mão escorregar pelos longos cabelos de Charlotte, e espalmou a mão em sua nuca, fazendo com que ela ficasse arrepiada; e trazendo-a para si com carinho, beijou-a lentamente.

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