Capítulo 20

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Como dizer a sua esposa que você ama outra mulher?

Ou então, dizer-lhe que você a ama, mas também ama outra!

Não há como...

Isso é impossível... é errado... É doloroso, vergonhoso e infame... Jamais poderia dizer! Morreria negando.

Esta foi a difícil conclusão a que Andrew Colton Hewitt, Duque de Greenleaf, chegara.
E dando a sua situação por definida, ou seja, que ele realmente amava Joanne, e sim morria de ciúmes de Lewis; mas que também amava sua esposa Mary Ann, e nem passava por sua cabeça viver sem ela, ele decidiu dar um fim a este impasse!

E como o faria?

Deixando a vida seguir seu curso!
Se Lewis realmente estava interessado em Joanne, e suas intenções fossem as melhores, fossem sinceras, ele daria sua bênção. 
Mesmo que por dentro seu coração estivesse partido para sempre!

Ainda preferia Joanne casada com Lewis, a quem conhecia, e era da família, como um irmão na verdade, do que ela vir a casar-se com um estranho qualquer e ele nunca mais pudesse vê-la, falar com ela...
Se eles viessem a casar-se, ele e Mary Ann, Lewis e Joanne, passariam a ser todos uma só família. E sem dúvidas era o ideal para John, pois sua mãe estaria sempre com ele, de uma forma ou de outra...

Ele passara o dia a pensar e a pensar, e a remoer este assunto! Sua mente vagou por todos os caminhos que julgou possíveis, mas o único em que encontrou certo conforto e julgara ser o mais correto, fora este!
Por isso ao chegar em casa e encontrá-los amigavelmente conversando na sala de estar, sob o olhar carinhoso de Mary Ann, sua mente bateu o martelo, apontando que a decisão que havia tomado ao passar o dia cavalgando, era a correta!
E embora seu coração, naquele momento, tivesse errado um compasso e ficado extremamente doído, ele sabia que era o que devia ser feito...era o destino... o destino deles!

Agora ali, no silêncio do seu quarto, ele concluira que tinha chegado ao ponto de onde não há retorno.
E pelo bem de todos os que amava, ele seguiria adiante com o que decidira, e estava em paz com isso! 
Esperava apenas a misericórdia Divina para que suas vidas seguissem os rumos que foram traçados para cada um.

Derrepente ouviu a porta entre seu quarto e o de Mary Ann se abrir, e a viu entrar pé ante pé tentando não fazer barulho. Ela olhou em direção a cama, e vendo-o deitado, concluiu que ele estava dormindo, então deu meia volta, e começou a sair da mesma forma que tinha entrado.

—Está precisando de algo Mary Ann? —Pergunta Andrew sentando-se na cama.

—Oh! Me desculpe Andrew, acordei-lhe? Perdoe-me não quero te incomodar eu só... —Mary Ann disse parada a meio caminho entre a porta e a grande cama dossel, envergonhada.

—Minha Senhora nunca me incomoda! —Andrew falou com carinho, e rindo de lado disse —Venha cá minha esposa! —E batendo com a mão no lado vago da cama, disse: —Deite-se comigo.

—Andrew, me perdoe! —Disse Mary Ann enquanto encurtava a distância caminhando rapidamente, e subindo na cama, enlaça seu pescoço —Eu te amo tanto! Desculpe se te ofendi com minhas palavras... —E tomando seu rosto entre as mãos, beijou-o!

Andrew puxa Mary Ann para seu colo, e retribui-lhe o beijo apaixonadamente.

—Eu também te amo minha esposa! —Diz enquanto a beija por todo rosto —Amo você Mary Ann, nunca duvide! —E beija-a novamente, abraçando-a mais apertado.

—Eu não duvido Andrew! —Mary Ann sussurrou enquanto Andrew cobria seu pescoço com beijos —Eu não duvido...

—E não tenha ciúmes! —Fala Andrew entre um beijo e outro —Nunca meu amor...

Sou seu destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora